Desaceleração da Terra deve elevar terremotos desastrosos em 2018
Um estudo geológico sugere que mais terremotos de grande intensidade podem ocorrer em 2018. E tudo pode estar relacionado a velocidade (ou falta dela) do movimento da Terra. A pesquisa dos cientistas da Universidade de Montana, junto com a Universidade do Colorado, ambas nos EUA, viu que existe uma correlação entre o aumento periódico no número de grandes terremotos e a diminuição da velocidade de rotação do planeta. Ou seja, o movimento que a Terra faz para dar uma volta em seu próprio eixo pode causar mais desastres que envolvem o choque das placas tectônicas. “Estamos sugerindo que esse aumento deve começar logo”, afirmou a pesquisadora Rebecca Bendick à BBC Brasil.
Em relação aos locais, não é preciso. No entanto, os pesquisadores acreditam que deve ocorrer onde já há muitos terremotos. Dessa forma, os autores do estudo esperam – em vez de assustar ou preocupar as pessoas – dar uma chance para que elas se preparem. Entre as medidas individuais a serem tomadas, Rebecca cita ter um kit de emergência e fazer um plano de evacuação para a família e os amigos. Quanto ao Brasil, não precisamos de muita cautela. “O Brasil não é muito ativo sismicamente. É uma boa notícia”, brinca.
Os efeitos da desaceleração não são imediatos. Para sentir os efeitos, leva cerca de cinco anos. No caso da Terra, esse processo começou entre 2012 e 2013 e foi quando o planeta começou a girar mais lentamente e demorar um pouco mais para completar uma volta. Isso significou que o dia ficou ligeiramente maior que 24 horas – nada demais, apenas ganhamos alguns microssegundos e não é nenhuma novidade. Só que, passado o tempo previsto para os efeitos começarem a aparecer, 2018 pode trazer novos desastres.
“Nós não podemos prever a desaceleração ou aceleração na rotação da Terra, mas podemos detectá-la através de observações astronômicas e relógios atômicos. E, se nossa hipótese estiver correta, isso pode ser capaz de nos alertar sobre o aumento no número de terremotos cinco anos antes”, pontuou Rebecca. Apesar de ainda se tratar de uma hipótese, a pesquisa utilizou de elementos razoáveis. Foi feita por meio da verificação de registros históricos de grandes terremotos desde 1900 e testaram a desaceleração. “Quando comparamos, as duas séries temporais eram muito correlacionadas”, acrescentou.