Mesmo aposentado, médico continua visitando paciente em coma há 17 anos
O médico coronel-tenente Jorge Potratz se aposentou recentemente, mas não deixa de frequentar o hospital em que sempre trabalhou para visitar uma paciente que acompanha há 17 anos. Uma mulher não identificada, apelidada de Clarinha pelo próprio médico, foi atropelada na cidade de Vitória, no Espírito Santo, em 2000. Após 17 anos em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM), ela continua recebendo visitas do médico, que a acompanha desde o início.
No dia 12 de junho de 2000 Clarinha foi atropelada enquanto andava pelo centro da cidade e, ao ser socorrida, não portava nenhum documento. A mulher idade estimada de 38 anos e uma cicatriz de parto cesariana, que indica que já deu a luz. A busca pelos familiares da é árdua e mais de 100 pessoas de todas as partes do país já fizeram o teste de DNA para verificarem se eram parentes de Clarinha. “Existem algumas famílias ainda para poder vir fazer exame de acordo com a avaliação do Ministério Público, que faz uma triagem. Uma família do Paraná e outra do Maranhão. O que impede isso é uma questão burocrática financeira, das famílias que não tem condições de vir ao Espírito Santo para fazer o exame”, disse o coronel Potratz, de acordo com a Gazeta Online.
O médico, que acompanha o caso desde que a mulher deu entrada no hospital, conta que já se apegou a Clarinha e que não irá desistir de encontrar sua família. Ele também pretende continuar ajudando se os parentes da mulher forem localizados, com assistência médica e acompanhamento. “Depois de tantos anos me dedicando a cuidar dela, mesmo como médico, a gente acaba criando um laço de afetividade”, afirma.