Terapia genética dá esperança de possível cura para câncer

Wikimedia/Reprodução

Médicos e pesquisadores divulgaram os resultados de uma pesquisa com imunoterapia que apresentou uma taxa de resposta como nunca visto antes em pacientes com mieloma múltiplo. Esse é um tipo de câncer no sangue incurável, que pode danificar os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem de glóbulos vermelhos.

De acordo com a pesquisa da Sociedade Americana de Ancologia Clínica 2017 (ASCO), de Chicago, nos Estados Unidos, 33 dos 35 pacientes (94%) com mieloma múltiplo que participaram da experiência apresentaram remissão da doença (quando não há sinais dela, mas ainda não se pode dizer se o paciente está curado) apenas dois meses após o início da terapia com células T, que são responsáveis pelo sistema imunológico.

Os cientistas retiraram células T dos próprios pacientes, modificaram-nas em laboratório com receptor de antígeno quimérico e os injetaram novamente nos participantes, por meio intravenoso. Os primeiros resultados já começaram dez dias após esse processo e a maioria dos pacientes teve efeitos colaterais mínimos.

“Ainda é cedo, mas esses dados são um forte sinal de que a terapia com células T CAR pode colocar o mieloma múltiplo em remissão. É raro ver taxas de resposta tão altas, especialmente para um câncer difícil de tratar. Isso serve como prova de que a pesquisa de imunoterapia compensa”, explicou o oncologista Michael S. Sabel, da Universidade de Michigan, ao portal de notícia norte-americano da NBC News.

A reprogramação genética das células T envolve a inserção de um gene projetado artificialmente no genoma dessas células, o que as ajuda a encontrar e destruir células cancerosas em todo o corpo. Novas pesquisas serão realizadas para descobrir se esse tratamento realmente é capaz de curar a doença.

Gostou do conteúdo? Em nossa página tem mais: