Por rastreamento indevido dos usuários, Apple ameaça romper com Uber
Uma ferramenta embutida no aplicativo do Uber, serviço alternativo de transporte particular, permitia que a empresa rastreasse seus usuários depois que o aplicativo era deletado dos telefones dos usuários. Até agora, sabe-se que o recurso era utilizado pela empresa em sua versão para iPhone, disponibilizada na Apple Store, para usuários no mundo inteiro. Não foi informado se usuários do Android também foram rastreados.
Chamada de “fingerprint” (impressão digital, em inglês), a ferramenta criava uma marca que identificava o usuário na instalação do aplicativo em seu telefone, e permitia que a Uber soubesse também quando ele o desinstalava – e se o instalava novamente. De acordo com a empresa, a funcionalidade foi ativada para combater fraudes, nas quais o usuário é banido por alguma razão e então tenta aderir ao serviço novamente, usando novos dados no mesmo telefone.
Porém, a prática vai contra as políticas de privacidade da Apple. Assim, de acordo com o jornal The Independent, um ultimato foi dado em uma reunião entre os diretores-presidentes das duas empresas: ou a Uber deixava de usar o fingerprint ou seu aplicativo seria excluído da Apple Store – o que poderia causar danos irreversíveis aos negócios da companhia de transporte. Assim, a Uber informou que fez mudanças em seu aplicativo para que ele se adequasse totalmente às regras da Apple Store – o que não significa que ela tenha deixado de rastrear seus usuários.