Estudante é barrada em universidade por se vestir “inadequadamente”
A aluna de MBA da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), Camila Tavares, é formada em jornalismo, direito e marketing. Por trabalhar com internet e viver no Rio de Janeiro, a estudante é acostumada a usar combinações de roupa atuais e despojadas. No dia 11 de abril de 2017, Camila fez uma denúncia através de suas redes sociais após ter sido barrada ao tentar entrar na faculdade para assistir aula, por conta das suas roupas. A decisão seria arbitrária para praticamente todos os tipos de vestimenta, mas a estudante usava roupas que, certamente, passariam despercebidas na rua. Usava um short dois números maiores que o seu, para não ficar apertado e uma blusa sem nenhum decote ou transparência.
Ao chegar para assistir seu primeiro dia de aula, Camila foi barrada logo na recepção da faculdade. A recepcionista alegou que não poderia deixar a ela entrar, pois estava no contrato que os alunos não poderiam assistir aula com roupas impróprias. A estudante pediu para ter acesso à secretaria e também foi barrada. Ao fazer contato por telefone, os representantes da faculdade aconselharam-na a comprar outra roupa para trocar e então assistir aula. “Argumentei que era um short de couro, que trabalho vestida assim, que nas aulas aos sábados que já fiz lá muitas pessoas já tinham ido com trajes parecidos, mas a recepcionista disse que eu não poderia entrar mesmo assim, que eram regras da FGV. Pedi permissão para ir à secretaria, pelo menos, que também foi negada. Eles sugeriram que eu fosse comprar uma roupa, mas eu não me sentia inadequada. Liguei para a secretaria do curso, que me informou que não poderia fazer nada e sugeriu que eu voltasse pra casa”, contou Camila ao site da Vogue.
Após a repercussão nas redes sociais, a assessoria da FGV disse que vai investigar o caso. “A Fundação Getúlio Vargas esclarece que vai examinar o alegado ocorrido”.