Laser espacial da Nasa pode corrigir cadeia alimentar e diminuir gás causador do efeito estufa
Plantas microscópicas que vivem debaixo da água gelada do Pólo Norte podem ser o segredo para a manutenção do equilíbrio do ecossistema terrestre. Por meio de um raio laser de satélite, a Agência Espacial Norte Americana (NASA) tem monitorado o comportamento delas. As informações são do jornal New York Post, dos Estados Unidos.
A NASA divulgou um estudo que mostra dados e imagens apurados ao longo de uma década que dá uma visão nova sobre ciclos de expansão do fitoplâncton polar. Esse tipo de microalga tem participação importante em toda a cadeia alimentar costeira oceânica e as menores alterações ambientais afetam o seu desenvolvimento. Esse tipo de planta desempenha ainda um papel importante no meio ambiente pois, através da sua fotossíntese, pode sugar o dióxido de carbono presente na atmosfera, consequentemente diminuindo as consequências geradas pelo efeito estufa – evento responsável por derretimento de geleiras, alagamentos, enchentes, furações e maremotos.
Os dados coletados pela iniciativa mostram que mudanças climáticas (como o derretimento das calotas polares) também geram efeitos no ciclo das plantas. As informações reveladas pela NASA são capazes de dimensionar o auge e o declínio dessas plantas, viabilizando mecanismos capazes de auxiliar na melhor atividade dos fitoplânctons.
“É muito importante para nós entendermos que controla esses ciclos e como eles podem mudar o futuro e implicar em todos outras partes da cadeia alimentar”, afirmou o especialista em plânctons marinhos da Universidade do Oregon, Michael Behrenfeld. Ele destaca ainda que o laser utilizado pela NASA nunca havia sido utilizado antes. O satélite com laser foi lançado em 2006 e é capaz de atravessar nuvens e a escuridão da água para iluminar o fitoplâncton polar.