Cientistas desenvolvem segunda pele para ajudar em tratamentos
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão desenvolvendo uma segunda pele que será capaz de eliminar as bolsas d’água do olho, além de algumas marcas de envelhecimento. O objetivo dos pesquisadores é que o material – à base de silício – seja inicialmente usado com fins médicos, como a dermatite. Além disso, essa pele poderia ajudar no tratamento de feridas e evitar raios nocivos do sol. O produto, rejuvenescedor, é apresentado sob a forma de creme e seu efeito, atualmente, dura 24 horas.
Segundo o Mirror, para obter esse resultado, os cientistas precisaram se dedicar à pesquisa durante cinco anos, testando cerca de 100 polímeros – moléculas grandes feitas de unidades menores – diferentes. Eles possuíam uma estrutura química conhecida como siloxano, cadeia de átomos alternados de silício e oxigênio.
Denominado de XPL, o material é utilizado em duas camadas: a primeira possui componentes principais e a segunda, um catalisador de platina, responsável pelo endurecimento e revestimento da pele. O líder da equipe responsável por desenvolver a nova pele, Robert Langer comentou sobre a descoberta. “Estamos extremamente animados com as oportunidades que foram apresentadas como resultado deste trabalho e ansiosos para continuar a desenvolver estes materiais para ajudar pacientes que sofrem de uma variedade de doenças de pele.”
Em outro estudo, voluntários apertaram bem o material na pele, próxima aos olhos, com o objetivo de retirar a bolsa d’água, além de melhorar o estiramento da pele dos antebraços. Em um dos testes, o material foi esticado em mais de 250% e voltou normalmente ao tamanho original. Segundo os especialistas, a nossa pele só pode ser esticada até 180%. Uma outra autora responsável pela pesquisa, a dermatologista Barbara Gilchrest, do General Hospital de Massachusetts, contou sobre as outras possíveis tentativas de se chegar a esse resultado. “Muitas pessoas têm tentado fazer isso, os materiais que estão disponíveis, até este, não tiveram as propriedades de ser flexível, confortável, não irritante, e capaz de se adaptar com o movimento da pele e retornando à sua forma original”, disse.