Cientistas alemães tentam criar “pequeno sol” para gerar energia limpa
Um grupo de pesquisadores do Instituto Max Planck, localizado na cidade alemã de Greifswald, estão prontos para iniciar um experimento em direção à energia limpa e segura. Uma pequena quantidade de hidrogênio será aquecida até que se converta em um gás muito quente, conhecido como plasma, que teria condições similares às que são encontradas dentro do sol. Em altas temperaturas, os átomos se juntam: o processo é chamado fusão nuclear e a partículas são capazes de liberar grandes quantidades de energia.
Parece coisa de filme e, segundo o jornal britânico The Independent, o cientistas admitem que a tecnologia só deve ser dominada daqui a muitas décadas, mas defendem que, caso seja alcançada, ela seria capaz de dar lugar aos combustíveis fósseis e reatores de fissão nuclear. O processo já começou no sul da França sobre o ITER, um reator de pesquisa internacional que manipula corrente elétrica em direção ao plasma dentro de um dispositivo em forma de rosca.
Batizado de tokamak, o dispositivo foi criado por físicos soviéticos de 1950. É considerado fácil de construir, mas difícil de ser operado. Os alemães, no entanto, utilizam a técnica rival, inventada na mesma guerra fria pelo norte-americano Lyman Spitzer. O dispositivo presente em Greifswald trabalha com um stellarator, dispositivo com forma de rosca, mas com o incremento do sistema de um magnético bobinas. Ainda segundo o jornal inglês, o equipamento custa 400 milhões de euros (algo em torno de R$ 1,73 bilhão).