Refrigerante é o sexto alimento mais consumido pelos jovens
Os adolescentes brasileiros consomem mais refrigerantes do que hortaliças. Alimento é o sexto mais consumido entre os jovens, segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares (ERICA), realizado pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa reúne dados de aproximadamente 75 mil estudantes, matriculados em 1.247 instituições públicas e privadas. O estudo aponta que os alimentos mais consumidos pelos adolescentes brasileiros são arroz (82,0%) e feijão (68,0%) e destaca o alto consumo de bebidas açucaradas (56,0%) e alimentos ultra processados, como refrigerantes, biscoitos e salgados fritos e assados.
Além disso, segundo a Agência Saúde, existe um déficit na ingestão de cálcio, vitamina A e E e mais de 80% dos adolescentes consomem sódio acima da quantidade recomendada de 5 gramas por dia. Outro ponto divulgado, é que a maioria dos jovens fazem refeições em frente à televisão, comportamento que também influencia nas escolhas alimentares. No perfil por regiões, há a revelação que os adolescentes no Nordeste são os que menos consomem frutas e hortaliças no país.
O estudo ainda aponta índices de obesidade entre adolescentes, de 12 a 17 anos, de 8,4%. Por isso, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou, no dia 7 de julho de 2016, diretrizes para promover uma alimentação saudável nas unidades do Ministério da Saúde em todo o Brasil e também prevê uma mudança legislativa para ser aplicada nas escolas públicas e particulares de todo o país. “Precisamos reduzir as causas e os danos por comportamento de riscos, como sedentarismo e uma alimentação rica em sódio e açúcar, que levam a doenças como obesidade e hipertensão”, afirma. Entre os grupos de alimentos indicados pelo Ministério estão: cereais, raízes e tubérculos, leite e derivados, carnes e frutas.
O ministro ainda pontuou que as unidades vinculadas devem seguir o protocolo de alimentação saudável e que é preciso investir em saúde preventiva, uma vez que obesidade, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo são considerados traços de pacientes com comportamento de risco. O Erica ainda divulgou dados de obesidade nos adultos brasileiros. Aproximadamente 18,9% estão acima do peso e a incidência é maior entre os homens (57,6%) , que entre as mulheres (50,8%).