Vídeo mostra realidade aos olhos de baleias da Antártica
Baleias são animais surpreendentes, porém o tempo para aprendermos sobre a vida deste animal está se esgotando. Com as mudanças de temperatura e a pesca e caça ilegais, esses mamíferos estão entrando em extinção. O ecologista de baleias, Ari Friedlaender, afirma que o National Geographic Explorer e o World Wildlife Fund (WWF) estão usando um novo sistema de marcação de baleias para acompanhar a rotina e descobrir novas informações. O monitoramento é feito através de tags digitais que possuem uma câmera, ficando presas nos animais como “copos de sucção”.
Os pesquisadores estão usando ventosas para acoplar as tags não-invasivas em baleias das espécies Jubarte e Minke, na Antártica. O instrumento possui sensores e uma câmera, que permite acompanhar o dia da vida de uma baleia. As tags ficam nos animais por um período de 24 a 48 horas e depois são retirados e reutilizados em outros animais da mesma espécie. O resultado do monitoramento permite que os estudiosos descubram aonde e quando os animais se alimentam, além de aprender sobre a vida social e obter dados sobre o impacto da temperatura da água através do aquecimento global.
A Antártida é o local onde se agrupam a maior quantidade de baleias do mundo, e com as informações recolhidas do estudo é possível traçar uma estratégia para incentivar a proteção dos animais e criar Áreas Marinhas Protegidas.
As baleias das duas espécies, Jubarte e Minke, se alimentam de Krills, animais marinhos invertebrados semelhantes ao camarão. Porém, a pesca e alteração climática estão acabando com a população deste crustáceo na região de alimentação das baleias. A Península Antártica é uma das áreas mais afetadas pelo aquecimento global, de forma mais rápida do que em qualquer outro lugar do planeta, o que resulta em níveis recordes de derretimento de gelo marinho.
“Através de projetos como esses, podemos continuar a aprender informações vitais sobre espécies em todo o mundo. A implementação de soluções de conservação eficazes como as Áreas Marinhas Protegidas pode ajudar a proteger futuras gerações de baleias e reduzir as ameaças a estes incríveis mamíferos”, disse Dr. Ari Friedlaender em entrevista ao site do WWF.