“Útero” artificial pode ser resposta para salvar bebês prematuros
Um útero artificial, chamado biobag, desenvolvido por cientistas do Hospital de Crianças da Filadélfia, Estados Unidos, poderia ser utilizado para manter bebês prematuros vivos. O dispositivo foi testado em bebês de carneiro e obteve resultados positivos. Por isso, será testado em bebês humanos em estado crítico nos próximos três a cinco anos. Os cientistas insistem que a ideia não é parar com gravidezes, mas sim fornecer uma solução para bebês prematuros.
O sistema da biobag é diferente das incubadoras porque busca imitar as condições do útero. Ele consiste em uma espécie de saco que é um ambiente estéril, com conexão para o cordão umbilical, um cano para a entrada de fluido amniótico e outro para qualquer “lixo” expelido. O fluido é similar ao que estaria dentro da barriga da mãe e o cordão umbilical serve para que o bebê respire.
Em uma incubadora convencional, o bebê respira pelos seus próprios pulmões, que são minúsculos e ainda subdesenvolvidos. Infecções pulmonares são um problema comum e uma causa comum para a morte de bebês prematuros – e é justamente isso que esse novo sistema procura evitar.
De acordo com o portal de notícias britânico Daily Mail, bebês tem uma chance em três de sobreviver no Reino Unido, mas complicações são muito comuns. Os que conseguem sobreviver, tem 90% de chance de sofrer de doença crônica nos pulmões por ter nascido com órgãos imaturos.
Seis bebês de carneiro foram usados para o teste da versão mais atual do dispositivo. Os animais respiraram e engoliram normalmente, abriram os olhos, desenvolveram lã e os nervos e órgãos funcionaram. Eles permaneceram dentro do “útero” por um mês, de acordo com o estudo, e se desenvolveram normalmente em todos os aspectos.