Um Drácula no Sertão
Filme pernambucano apresenta um híbrido entre o Lampião nordestino e a versão clássica do vampiro Drácula, numa ficção como nenhuma outra
Sempre presente no imaginário do povo nordestino, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, é alvo de teorias das mais variadas – tem quem duvide até de sua morte, oficialmente registrada em uma emboscada em Angicos, em Sergipe. Um Rei do Cangaço imortal se faz real no curta Conde Virgulino, curta-metragem inspirado em um conto de ficção, que mistura símbolos regionais e a cultura europeia – do Drácula de Bram Stoker, de 1897 – em um personagem nordestino como nenhum outro.
“Eu trabalhei dentro da linha de um realismo fantástico. São dois personagens marcantes na nossa história. Virgulino, Lampião, tirava sangue das pessoas com seu punhal. Já o Drácula era louco por sangue e o tirava com o dente”, explica Valdir Oliveira, autor do conto e diretor do curta. A produção, filmada em Belo Jardim, a 200 km do Recife, traz um protagonista com carga de remorsos pelos possíveis crimes praticados. Ele vive em uma caverna com morcegos e peregrina, principalmente em dias de lua cheia, pelo Sertão nordestino. Além disso, traz consigo a brutalidade e a força do lampião misturadas ao porte e sedução do Drácula.
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Mayra Couto
Repórter
Mayra é estudante de jornalismo da AESO. É estagiária do Diario desde janeiro de 2016, na equipe de dados do jornal, no projeto CuriosaMente. Não tem medo de vampiro, mas anda com alho no bolso, por via das dúvidas…