Sócio de empresa vendida à Microsoft trocou cota por bicicleta
Uma escolha errada pode custar muito caro e o britânico Chris Hill Scott sabe bem disso. Ele era sócio da Swiftkey, empresa de tecnologia fundada em 2008, junto a Jon Reynolds e Ben Medlock, para desenvolver inteligência artificial de sugestões de palavras durante digitação para smartphones e tablets, mas saiu da companhia duas semanas depois vendendo sua parte ao custo de uma bicicleta. Nos últimos dias, a mesma companhia foi adquirida pela Microsoft pelo valor de 174 milhões de libras (R$ 900 milhões).
De acordo com o Daily Mail, Reynolds e Medlock passaram sete anos desenvolvendo a tecnologia, que inclui opções coloquiais, como gírias e apelidos. Scott, queria ser fotógrafo e deixou o grupo.
A sina do ex-futuro-milionário foi revelada no dia 03 de fevereiro de 2016, quando a venda foi anunciada. “Oito anos atrás, a empresa começou com dois amigos com uma crença compartilhada de que tinha que haver uma maneira melhor de digitação em smartphones. Percorremos um longo caminho desde então, hoje, centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, e muitos dos principais fabricantes, confiam na nossa tecnologia de previsão de linguagem”. Após o anúncio, Scott escreveu em sua página no twitter que ter saído da empresa havia sido o pior erro já feito por ele.
Os fundadores da Swiftkey acreditam que o programa ofereceu 10 trilhões de combinações de teclas, evitando mais de 100.000 anos de tempo de digitação. O app superou os rankings de download em 47 países ao ser baixado mais de 10 milhões de vezes. A Microsoft também se pronunciou sobre a venda. “Esses são resultados impressionantes para um aplicativo que foi lançado inicialmente no Android, em 2010, e chegou ao iOS há menos de dois anos”, disse o vice-presidente da Microsoft, Harry Shum. “Nós amamos a tecnologia da SwiftKey e nós adoramos a equipe que Jon e Ben formaram. É por isso que hoje eu estou animado para acolher os funcionários da empresa para a Microsoft. Acreditamos que juntos podemos alcançar ordens de magnitude de maior escala do que qualquer um de nós poderia ter alcançado de forma independente”, escreveu Shum.
Atualmente, Chris Hill-Scott trabalha projetando sites para o governo britânico, ganhando aproximadamente 50 mil euros por ano.