Primeiro-ministro do Canadá propõe legalização do suicídio assistido

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, apresentou, no dia 14 de abril, um projeto de lei que propõe a legalização do suicídio assistido, para pacientes em estado de saúde grave ou irreversível, que estejam aproximando-se do “fim da vida”. Aprovada, a lei impediria que profissionais de saúde fossem penalizados por auxiliar pacientes desenganados a por fim em suas vidas.  A proposta limita os suicídios por médico, para os pacientes que são eleitos para participar do sistema nacional de saúde, uma tentativa de prevenir o possível aumento do turismo médico dos enfermos para outros países.

“Essa é uma questão muito difícil e pessoal, procuramos cuidadosamente as melhores fórmulas para ajudar aqueles que vivem com grande sofrimento”, disse Trudeau em sua conta no Twitter. A proposta do projeto de lei é a de que pessoas que enfrentam difícil condição de saúde e queiram morrer possam se suicidar através de medicamentos fornecidos por seus médicos, que também os acompanhariam. Familiares e amigos estariam autorizados a participar do processo, bem como assistentes sociais e farmacêuticos.

Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e os estados do Oregon e Vermont, nos Estados Unidos, já permitem o sucídio assistido. Segundo apurou o jornal norte-americano The New York Times, a lei sendo criticada pela Igreja e por alguns profissionais de saúde. “Esta lei realmente me coloca contra a ética médica”, disse o médico canadense Brett Belchetz. O Cardeal Thomas Collins, o arcebispo católico romano de Toronto também declarou-se “perturbado” pela discussão.