O que será possível observar nos céus em 2017
Meteoros, superlua, observação planetária e missões da Nasa. O ano de 2017 será movimentado no que diz respeito às possibilidades de observação astronômica. De início, os primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, terão a Estrela D’alva, como também é conhecido o planeta Vênus, mais visível e com brilho especial. Em maio e junho, a lua estará mais próxima do planeta, mas, ao contrário do chamativo fenômeno da superlua, não estará cheia, mas poderá ser observada em tamanho maior que o comum. Elaboramos uma lista especial para que você possa se programar e voltar a atenção aos céus durante o ano – e não vai faltar o que observar.
1. Eclipse solar – 26 de fevereiro
O primeiro eclipse solar do ano será visto apenas parcialmente no Brasil, mas ficará mais visível em algumas cidades de países vizinhos – que incluem algumas regiões da Argentina, Santiago do Chile e Montevidéu, no Uruguai. Um mapa interativo da Nasa mostra o caminho do eclipse na superfície da Terra e marca o horário exato de seu início, pico e fim em cada localidade. No horário do Recife, ele iniciará às 14h17, atingirá seu auge às 15h30 e acabará às 16h38.
2. Aproximação de Júpiter – 4 de abril
O planeta Júpiter estará bem localizado para observação, na constelação de Virgem. Segundo o site In The Sky, que calcula a melhor hora para observação baseado na localização, o planeta estará mais visível entre as 17h51 e 04h56 no Recife.
3. Chuva de meteoros Líridas – 22 e 23 de abril
Considerada a chuva de meteoro mais velha de que se tem conhecimento, as Líridas são assim chamadas por conta da constelação onde estão localizadas: a Lira. A data coincidirá com a fase minguante da lua, facilitando as condições de vista. A chuva de meteoros costuma ser ativa todos os anos entre os dias 16 e 25 de abril e atingirá seu auge entre os dias 22 e 23. Observadores do hemisfério norte terão a melhor localidade para observá-la, mas pessoas no hemisfério sul também poderão vê-la entre a meia-noite e a madrugada.
4. Chuva de meteoros Aquáridas – 28 e 29 de julho
De acordo com o site Sea Sky, a chuva de meteoros Eta Aquáridas ocorrerá entre o dia 12 de julho até 23 de agosto, mas alcançará seu auge na noite do dia 28 de julho e na manhã do dia 29 e será melhor visualizada de locais escuros depois da meia noite. Os meteoros virão da constelação de Aquário, mas poderão aparecer em qualquer lugar do céu.
5. Chuva de meteoros Oriônidas – 20 e 21 de outubro
A Oriônidas costuma ser ativa todos os anos no mês de outubro, chegando a deixar 20 meteoros visíveis a cada hora em seu pico. Em 2017, ela estará visível entre os dias 2 de outubro e 7 de novembro, atingindo seu auge na noite de 20 de outubro e na manhã do dia seguinte e poderá ser vista com facilidade dos hemisférios norte e sul. Uma página no WikiHow ensina a observá-la melhor.
6. Chuva de meteoros Leônidas – 17 e 18 de novembro
Apesar de ser uma chuva de meteoros média – produzindo até 15 meteoros por hora em seu pico -, a Leônidas tem um ciclo em que, a cada 33 anos, centenas de meteoros podem ser vistos por hora, sendo o último em 2001. Ela ocorre anualmente entre 6 e 30 de novembro e, em 2017, chegará em seu auge na noite do dia 17 e na manhã do dia 18 e poderá ser vista de ambos os hemisférios.
7. Superlua – 3 de dezembro
2017 terá apenas uma superlua – cerca de 12 a 14% maior que a lua normal – que ocorrerá no início do dia 3 de dezembro. De acordo com o site TimeAndDate, o perigeu (aproximação entre a Terra e o satélite) volta a ocorrer somente em janeiro de 2018 e mais duas vezes em janeiro e fevereiro de 2019. Em 2016, o fenômeno ocorreu três vezes em outubro, novembro e dezembro, sendo a do mês de novembro considerada a maior superlua em quase 70 anos e cuja proximidade só deverá voltar a se repetir em 2034.
8. Chuva de meteoro Gemínidas – 14 de dezembro
A chuva de meteoro Gemínidas atingirá sua maior taxa de atividade no dia 14 de dezembro, mas algumas estrelas cadentes associadas a ela poderão ser visíveis todas as noites dos dias 7 a 16 de dezembro. O maior índice de meteoros visível a ser esperados é de 100 por hora, caso o céu esteja bastante escuro. Ainda segundo o site In The Sky, no Recife será possível ver cerca de 70 por hora, a depender das circunstâncias meteorológicas.
Bônus:
9. Cassini mergulha em Saturno – De abril a setembro
Em 2017, a Nasa também encerra a missão de sua sonda Cassini, lançada em 1997 para estudar corpos celestes, incluindo a Lua. Chamada Grand Finale, a fase final da missão começa em abril e mergulhará no planeta Saturno no dia 15 de setembro. Recentemente, a Nasa divulgou novas imagens tiradas a partir da espaçonave do Titã, o maior satélite natural de Saturno e segundo maior do sistema solar.
“Nenhuma outra missão explorou essa região tão próxima ao planeta. O que nós aprendemos com essas atividades ajudará a aprimorar o nosso entendimento de como os planetas gigantes, assim como famílias de planetas em todos os lugares se formam e evoluem”, diz o informativo oficial da agência.