Nova forma de quimioterapia estacionaria câncer de mama por 24 anos
Na tentativa de finalmente encontrar uma cura para o câncer, pesquisadores do Houston Methodist Research Institute, nos Estados Unidos, deram um passo importante em direção ao objetivo: conseguiram parar significativamente um câncer de mama metastático (que já estava em fase de espalhar-se pelo corpo). O estudo, por enquanto, foi apenas conduzido em ratos de laboratório, em que a doença foi estacionada por oito meses. A fase de testes em mulheres está prevista para ter início em 2017 e a equivalência esperada de tempo, nesse caso, é de até 24 anos.
Atualmente, em fase de metástase, os tratamentos disponíveis conseguem desacelerar os efeitos da doença por apenas seis meses. Isso se dá, basicamente, pela dificuldade de uma substância quimioterápica como a doxorrubicina entrar nas células afetadas e tratá-las. A diferença do que foi proposto é que o medicamento não seria injetado em sua forma ativa, mas estaria inativo em microcápsulas em formato de discos de silicone, capazes de transpor a barreira das células cancerígenas e, uma vez em seu interior, quebrar, liberando e ativando o medicamento. Em ratos, na forma ativa, todos os testados morreram, enquanto os que receberam os discos de silicone, com a mesma substância “adormecida” conseguiram sobreviver por mais oito meses.
Segundo o Daily Mail, é justamente por conta dessas observações que, mesmo sem haver certeza de que os testes terão o mesmo efeito em humanos, há otimismo entre os envolvidos. “Nunca iria querer excesso de promessa aos milhares de pacientes que procuram uma cura, mas os dados são surpreendentes”, afirma o presidente do Houston Methodist Research Institute, Mauro Ferrari. Apesar de focar no câncer de mama, eles acreditam que o medicamento pode servir também para os outros tipos de câncer. “Estamos falando de uma mudança da doença metastática, então ela não é mais uma sentença de morte”, defendeu Ferrari.