Médicos descobrem que “câncer” de mulher era reação à tatuagem
Uma mulher de apenas 30 anos foi diagnosticada com linfoma, um tipo de câncer no sistema linfático, na cidade de Sidney, na Austrália. Os médicos se surpreenderam, porém, ao perceber que o diagnóstico da doença considerada rara (atingindo, no Brasil, 150 mil pessoas no ano) era na verdade uma reação do corpo à tinta de uma tatuagem feita há mais de 15 anos.
O “erro” no diagnóstico foi percebido quando eles tiraram um dos nódulos linfáticos da mulher (que estariam inchados por causa do câncer) e perceberam vestígios de tinta ao aproximar objeto para análise microscópica. “A pele tem uma série de células imunológicas, que estão sempre a protegendo. Elas provavelmente encontraram a tinta da tatuagem, uma substância ‘estrangeira’, a absorvendo e viajando até os linfonodos por anos”, afirmou o médico Bill Stebbins, do centro de dermatologia do Hospital Universitário de Vanderbilt, em estudo publicado nos Anais de Medicina Interna do país.
A paciente, que não teve identidade revelada, tinha uma tatuagem cobrindo todas as costas, feita ainda na adolescência, e outra com pouco mais de dois centímetros, feita na região do ombro, anos depois. Mesmo ligada ao inchaço dos gânglios linfáticos da paciente e por algumas causando reações alérgicas de menor proporção, os médicos não sabem ao certo com que frequência um caso como este pode acontecer. “A maioria das pessoas que fazem tatuagem não tem nenhum problema”, afirmou outro médico envolvido na pesquisa, Christian Bryant, em entrevista ao canal norte-americano CNN. Em poucas semanas, o tamanho dos nódulos da mulher encolheram e ela voltou a viver normalmente.