Médico é acusado de trocar espermatozoides de doadores pelos seus

O médico especialista em fertilização, Jan Karbaat, morreu aos 89 anos. Após sua morte, porém, ganhou força o clamor de, ao menos 12 pessoas que acreditam que o médico é seu pai biológico. Atuando em uma clínica de fertilização da Holanda como diretor, ele trocava os espermatozoides de doadores pelos seus, de acordo com ação judicial movida pelas família. Sendo assim, ele seria pai biológico dessas pessoas.
As 12 pessoas e as dez mães entraram com um pedido na Corte de Roterdã, na Holanda, para ter acesso ao DNA do diretor da clínica, por meio da exumação do corpo – ele faleceu em abril de 2017.
“Eu espero que o juiz permita a coleta de uma amostra do DNA dele para que seja descoberto se somos seus filhos”, afirma uma das pessoas, Moniek Wassenaar, 36 anos, de acordo com o The New York Times. Das 12 pessoas, oito tem 36 anos de idade. Outras pessoas nacidas pela inseminação ainda são menores de idade.
Karbaat era dono de uma clínica de fertilização na Holanda, chamada Bijdorp Medical Centre, e foi acusado de falsificar os dados, análises e descrição dos doadores da clínica, que fechou em 2009 devido a irregularidades. Nos anos 80 e 90, a Bidjorp era uma das maiores do país e Karbaat se autointitulava um pioneiro na área de fertilização. A clínica realizou cerca de 10 mil fertilizações.
De acordo com o The Sun, um dos clientes tem semelhanças físicas óbvias, enquanto outros tem irregularidades no DNA baseados no suposto doador. O advogado das famílias declarou que “é um direito fundamental saber de onde a pessoa veio, é uma questão de identidade, ajuda as pessoas a formarem sua personalidade”.
Por outro lado, a advogada da família de Karbaat pediu que o DNA dele fosse preservado, pois, antes de sua morte, Karbaat havia pedido que nenhum teste de DNA fosse feito depois que ele morresse. Se a corte decidir que os testes terão que ser feitos, o corpo de Karbaat será exumado.