Luz ultravioleta revela pintura original de estátuas gregas

Conselho Internacional de Museus / Divulgação

Quem trabalha com obras de arte sabe o quão difícil é você obter informações sobre o passado de certas peças. Ano de criação, materiais utilizados, tipos de tintas e outras informações podem ser de difícil acesso, quando se trata de restaurações ou simplesmente de catálogos. Porém, uma técnica chamada “raking light”, com luz ultravioleta, tem influenciado na descoberta de padrões perdidos nas antigas estátuas gregas, apenas usando a iluminação certa, no lugar certo – e o resultado muda completamente a percepção que temos das antigas obras.

A técnica, que já vem sendo utilizada em telas de pinturas, consiste em posicionar uma lâmpada muito brilhante de um modo que o caminho da luz seja quase paralelo à superfície do objeto, mostrando assim as pinceladas, sujeiras e imperfeições. Já em estátuas, o efeito é muito sutil, já que tintas diferentes envelhecem em diferentes velocidades, tornando os padrões menos visíveis. A alternativa foi utilizar uma luz ultravioleta, que faz com que compostos orgânicos se tornem fluorescentes. Para fazer um mapeamento e descobrir as cores mais aproximadas das originais, é utilizado o infravermelho, que detecta materiais orgânicos derivados de animais, plantas e pedras, e o raio x, que identifica materiais derivados de metais e minerais.

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Após o estudo, o material que passou pelo processo de reconstrução baseado nas técnicas, ganhou uma exposição chamada Deuses em cores: escultura pintada da antiguidade clássica, no Kunsthistorisches Museum, em Viena, na Áustria. As peças exibidas são datadas de 329 a.C. As informações são do Conselho Internacional de Museus.

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