Empresa oferece clonagem a donos de PETs que já morreram
Uma clínica sul coreana causa polêmica no país por prometer clonar cachorros de estimação vivos ou mortos. Em pouco mais de uma década, mais de 800 animais foram “copiados”, a maioria por bilionários e famosos do mundo inteiro. Apesar do negócio ser lucrativo, com investimento de US$ 100 mil (cerca de R$ 300 mil) por animal, o dono da clínica garante que trabalha apenas pela felicidade dos outros. “Essas pessoas têm um laço muito forte com os próprios animais. Quando os clonamos, estamos provendo apenas uma alternativa psicológica para o método tradicional de só manter o pet na sua memória”, afirmou Dr Hwang Woo Suk em entrevista ao canal norte-americano Tech Insider.
Quem quiser candidatar o pet ao processo de clonagem após a morte precisa seguir uma série de procedimentos publicados no site da instituição. Primeiro, o corpo do animal deve ser enrolado em toalhas molhadas e colocado na geladeira, nunca no freezer (pois temperaturas muito baixas destruiriam células da pele, que precisam estar preservadas no processo de clonagem. Após isso, a clínica deve ser imediatamente contactada. Eles tiram cerca de 8 milímetros de pele do animal e a enviam para o laboratório em Seul, onde as células se misturam com um óvulo, que tem previamente o DNA “apagado” em laboratório. Assim, o embrião é implantado em outra cadela, que trabalha como uma espécie de “barriga de aluguel”.
Depois da gestação, o dono escolhe se vai até a capital sul coreana ou se paga a alguém para trazer o cão “de volta” em forma de filhote. O tempo máximo entre a morte do animal e a colheita das células é de cinco dias. Os procedimentos pelos quais cadelas passam em laboratório para dar à luz filhotes tão caros chamam atenção de instituições de proteção animal, que desaprovam a clonagem. Quem investe em trazer o melhor amigo de volta, porém, aprova o processo. “Quando eu toco nela sinto que é a minha Momoko. Pagaria qualquer dinheiro por isso”, afirmou o empresário Junichi Fukuda.