Cortiça de rolhas ajuda a absorver dióxido de carbono no ar

Cortiarte/Reprodução

Estudo coordenado pela Universidade de Aveiro, em Portugal, revelou que utilizar produtos de cortiça, como mural de fotos, por exemplo, vai muito além de apenas valorizar o design da casa e pode até ajudar a diminuir os gases do efeito estufa na atmosfera. A pesquisa divulgada no dia 01 de fevereiro de 2016, comprova que a cada tonelada de cortiça produzida são retidas 73 toneladas de dióxido de carbono, o equivalente a quantidade produzida por um carro que tenha percorrido 450 mil quilômetros.

A pesquisa pretendia avaliar o mercado da cortiça em Portugal e a quantidade de gases com efeito estufa emitida pelo setor, passando por todos os seus processos desde a floresta, no crescimento do sobreiro, árvore de grande porte que origina a cortiça, até os produtos feitos à base dela. O resultado final acabou sendo positivo para o ambiente.

Em entrevista ao site da Universidade de Aveiro, a coordenadora do estudo e investigadora do Departamento de Ambiente, Ordenamento e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, Ana Cláudia Dias, afirmou: “O setor de cortiça é um sumidouro efetivo de gases com efeito de estufa uma vez que o retenção de dióxido de carbono da atmosfera é bastante superior às emissões desses gases emitidos ao longo do setor.”

A cortiça e os produtos fabricados a partir dela acabam servindo de reservatório de gás carbônico porque possuem a capacidade de reter os gases e absorvê-lo durante o crescimento do sobreiro: “Durante a utilização ou até mesmo quando são depositados em aterro, acabam acumulando entre 150 e 250 mil toneladas de dióxido de carbono por ano nos últimos 15 anos”. No Brasil, essa árvore é nativa em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.