Cães podem identificar câncer de mama pelo faro, aponta pesquisa

Jack Experton/Facebook

“Melhores amigos do homem”, os cães ganharam mais uma razão para terem a amizade humana. Uma pesquisa realizada na França aponta que eles podem oferecer grande ajuda no descobrimento precoce de câncer. Trabalhando na hipótese de que as células do câncer de mama têm um cheiro distintivo e sensível ao nariz desses animais, o estudo revelou que cães da raça pastor alemão podem farejar este tipo da doença apenas cheirando uma peça de roupa que entrou em contato com o peito de uma mulher com um tumor.

O estudo conduzido pelo Instituto Curie em Paris, coletou 31 amostras de diferentes pacientes. Os pedaços de atadura que tinham sido mantidos contra a mama afetada, foram usados para treinar os cachorros Thor e Nykios, durante seis meses, para reconhecer as ataduras usadas por mulheres com câncer e mulheres sem a doença. O experimento, que contou com a ajuda do especialista canino Jacky Experton, registrou uma taxa de sucesso de 100% no diagnóstico por parte dos cães.

Após os seis meses de treinamento, os cães realizaram os testes durante vários dias, desde o início de 2017. Desta vez, os pesquisadores usaram 31 novas ataduras de diferentes pacientes com tumor na mama. Foi usando um curativo por experimento, junto com outras três amostras de mulheres sem câncer. O método de “jogo de recompensa” (os animais eram recompensados após os acertos) funcionou muito bem com os animais.

“Tudo se baseia no jogo. Os cães iam até uma caixa com um pano, e se detectado, eles colocariam seu focinho em um cone. Na primeira parte do teste, os cães detectaram 28 das 31 faixas de mulheres com câncer, mas na segunda tentativa, os cães melhoraram a pontuação, acertando 100% dos casos. Sempre sendo recompensados pelos acertos”, explicou Experton de acordo com o jornal New York Post.

Os pesquisadores planejam continuar a pesquisa com mais pacientes e cães. A equipe vislumbra que, no futuro, o método de diagnóstico possa beneficiar áreas onde é difícil as mulheres terem acesso a exames de mamografia, principalmente em países subdesenvolvidos. “Nesses países, há oncologistas, há cirurgiões, mas nas áreas rurais muitas vezes há acesso limitado a diagnósticos”, disse a líder do projeto, Isabelle Fromantin.

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