Sangue raro de jovem nordestino salva bebê colombiano
Um homem cearense salvou a vida de um bebê que vive em Medellín, na Colômbia, através de uma doação de sangue internacional. A criança, uma menina de apenas um ano e dois meses, estava com sangramento digestivo grave e precisava de uma transfusão. O único impasse, é que a garota possui um tipo raro de sangue, encontrado apenas em onze famílias brasileiras, conhecido como “hh” ou fenótipo Bombaim.
O jovem, de 23 anos, foi contactado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e no dia seguinte compareceu ao hospital para doar cerca de 350ml de sangue. “Todo o sangue doado passa por um processo de análise e testes que incluem tipagem ABO e RH, além de pesquisa de anticorpos irregulares. Quando liguei e contei sobre o caso, ele mostrou-se sensível à atitude solidária e já no dia seguinte esteve no Hemoce doando sangue”, explicou a coordenadora da captação de doadores, Nágela Lima, ao jornal cearense O Estado.
O sangue é extremamente raro em todo o mundo. A Índia é o país com maior incidência de pessoas com o fenótipo: uma em cada 10 mil pessoas. Já, na Europa, por exemplo, a taxa é de um a cada um milhão de habitantes. As pessoas com esse tipo de sangue só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo sanguíneo, por conta disso, é conhecido como o “falso O”. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Ceará é o primeiro estado brasileiro a realizar o envio internacional de sangue raro para doação.