Mais de 30 são hospitalizados com overdose de maconha sintética
Mais de 30 pessoas foram encontradas com sinais de overdose de K2, um tipo de maconha sintética, no bairro do Brooklyn, em Nova York (EUA). A maioria dos afetados apresentava vômitos, desmaios ou tremedeiras incontroláveis e foi socorrida por ambulâncias e pela polícia. “Era que nem uma cena de The Walking Dead, as pessoas estavam cambaleando em todos os cantos”, afirmou um dos moradores da região, Brian Arthur, enquanto transmitia o desespero dos usuários em um vídeo ao vivo no seu Facebook. De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, os usuários da droga na região são conhecidos como “zumbis” e uma nova legislação, de 2015, proibiu a comercialização da droga sintética em estabelecimentos comerciais, reduzindo o consumo do K2 em até 85% – e, no entanto, o problema continua, em especial entre os sem-teto.
“Como os químicos encontrados no K2 variam de pacote para pacote, a sua potência também pode variar, seus efeitos são imprevisíveis, as pessoas podem sentir-se ótimas em um momento e terrivelmente mal em outro”, explicou o Departamento de Saúde de Nova York, em nota, ao jornal britânico Daily Mail. Entre as consequências do uso exagerado da droga estão ansiedade, alucinações, paranoias, taquicardia e desmaios.
O K2 é uma das marcas de maconha sintética legalizadas, comercializadas em algumas bancas de revistas dos Estados Unidos e de alguns países europeus. Por ser modificada em laboratório, ela é extremamente mais potente que a droga natural, chegando a ter mais de 100 vezes da força e poder alucinógeno da erva, causando alucinações e até mesmo dependência de alguns usuários. Um documentário do portal britânico Vice chegou a mostrar como as drogas tinham se tornado preferência entre os usuários de crack da cidade de Manchester, na Inglaterra.