Casais que dividem tarefas domésticas fazem mais sexo, diz estudo
Casais com modelo estrutural do século 20, em que a mulher assume sozinha os afazeres domésticos e o cuidado com crianças, possuem menos experiências sexuais entre si do que aqueles que dividem as tarefas dentro de casa. O estudo da Universidade Cornell, dos Estados Unidos, será publicado na próxima edição do Journal of Marriage and Family, após uma pesquisa de nível nacional realizada no país.
Entre as revelações da iniciativa, estão o fato que a média de relações sexuais entre casais heterossexuais que dividem afazeres domésticos, da cozinha à faxina, seria de 6,8 vezes por mês, quase 40% superior à média de 5 vezes dos casais em que apenas um dos parceiros, normalmente a mulher, ficaria encarregado das tarefas.
A pesquisa também revelou que fazer feira, limpar a casa, lavar pratos e roupas, além de cozinhar, ainda é uma maioria feminina, com 63% dos casamentos constituídos dessa forma. Chama a atenção, no entanto, que mesmo quando elas trabalham mais ou possuem remuneração mais elevada, o trabalho majoritário dentro de casa cabe a elas.
“Os casais contemporâneos estão dividindo as tarefas – e o trabalho fora de casa – de forma mais igualitária e são esses os casos em que há um aumento da regularidade da atividade sexual, enquanto o outro grupo têm queda nessa frequência. Outro detalhe é que há um indicativo que esa regularidade tem caído em todo o mundo nas últimas décadas”, afirma a professora e pesquisadora Sharon Sassler, ao jornal britânico The Independent.
Ao jornal, a historiadora Stephanie Coontz também comentou a pesquisa tratando sobre a mudança social que representa o aumento do poder feminino nas relações como um todo. “O amor costumava ser a atração de opostos, em que cada parte tinha uma habilidade diferente que complementava o casal. Hoje, o amor passou a se basear em interesses comuns, atividades e emoções. Se a diferença já foi a base do desejo, a igualdade está, cada vez mais, tornando-se sensual”, afirma.