Vídeo revela golfinho sendo retirado do mar, na Argentina, e reacende polêmica
Imagens divulgadas pelo portal argentino InfoZona geraram comoção mundial na internet ao mostrar banhistas argentinos com um bebê golfinho fora da água e postarem selfies com o animal, que morreu. A suspeita é que o animal tenha morrido por desidratação, uma vez que o ambiente estava com temperaturas muito elevadas. Um vídeo postado por um turista que estava na praia de Santa Teresita, na Argentina, revela o momento exato em que o cetáceo é retirado da água. Bastante debilitado, o animal é movido por um homem, que dá o animal como morto e o remove para a areia, onde ele é tocado e fotografado.
O vídeo mostra movimentos do animal que sugeriram a alguns presentes, e a parte dos internautas, que o animal estaria vivo – é possível ouvir pedidos para que o animal fosse recolocado na água do mar, o que foi ignorado. De acordo com o Clarín, o caso foi registrado no dia 5 de fevereiro de 2016, na província de Buenos Aires e continua gerando polêmica. O rapaz que aparece retirando o golfinho da água assegura que ele já estava morto. A Fundação Mundo Marinho, que, em declaração, disse não conseguir atestar se o animal estava ou não com vida, emitiu um comunicado afirmando que, de qualquer forma, o atendimento deve ser feito por chamado a especialistas e conduzido por no máximo duas pessoas para impedir que o estresse complique ainda mais a situação do bicho.
Pelo Facebook, a jovem Ayelén Rodríguez, disse estar presente na situação e ter pedido para que as pessoas não tocassem o animal e que o devolvessem ao mar, mas que não pôde. “Queríamos reanimá-lo, mas ele estava com feridas graves. Podia não suportar. Era tão bebê… Um animal incrível, que teve a má sorte de encontrar com a pior espécie de mamíferos”, declarou.
Após a repercussão negativa do caso, alguns dos homens que aparecem na imagem alegaram ter tentado salvar o animal quando o colocaram na areia, ao mesmo tempo em que dizem que ele já estava morto. O argumento do animal morto gerou outras críticas por parte de internautas por alguns considerarem o ato de tirar selfies com o corpo do bicho de mau gosto e um tanto mórbido.
Como o animal não estava mais na praia quando a equipe de atendentes de emergência chegaram ao local, será inviável esclarecer condições e momento da morte do golfinho. O animal era da espécie conhecida como franciscana e vive no Rio Prata, entre Uruguai, Argentina e Brasil. Há cerca de 30 mil exemplares do gênero, um dos menores do mundo – entre 1,3m e 1,7m e entre 500 e 800 são mortos todos os anos nos três países. E nenhum deles sobrevive na areia.