Verme enviado ao espaço desenvolve segunda cabeça em vez de cauda

Universidade Tufts / Divulgação

Um dos vermes platelmintos enviados  para testes na Estação Espacial Internacional revelou uma consequência intrigante da microgravidade em relação a regeneração. Ele saiu da Terra ainda em crescimento, para formação da cauda e da cabeça, porém, acabou desenvolvendo uma segunda cabeça, ficando sem cauda. Para comprovar que o efeito da microgravidade persiste mesmo na Terra, no retorno ao nosso planeta, foram amputadas as duas cabeças do verme e ambas cresceram novamente. O estudo foi feito por pesquisadores do Centro de Descobertas Allen, da Universidade de Tufts, em Medfor, Massachussets.

O intuito do estudo era observar como a microgravidade e o campo geomagnético enfraquecido poderiam afetar o processo de regeneração dos platelmintos do tipo Dugesia japonica  e, principalmente, se essas mudanças iriam persistir após o retorno ao planeta Terra. Esses vermes, que são usados em estudos por conta de sua habilidade de regeneração, ajudam a ampliar o conhecimento sobre as forças físicas e a sua influência no formato do corpo, de acordo com as decisões das células.

“Durante a regeneração, o desenvolvimento e a supressão do câncer, o padrão corporal está sujeito à influência de forças físicas, como campos elétricos, campos magnéticos e outros fatores biofísicos. Queremos aprender mais sobre como essas forças afetam a anatomia, o comportamento e a microbiologia”, explicou Michael Levin, professor de Biologia na Universidade Tufts e coautor da pesquisa, de acordo com o jornal britânico Daily Mail.

O conjunto de platelmintos foi lançado ao espaço no dia 10 de janeiro de 2015. Foram enviados vermes inteiros e amputados, selados em tubos preenchidos apenas com ar e água, que ficaram durante cinco semanas a bordo da Estação Espacial Internacional.

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