Pesquisadora da UFPE identifica fóssil mais antigo de crocodilo anão já encontrado
Um estudo realizado no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da Universidade Federal de Pernambuco identificou o mais antigo fóssil de crocodilo anão já encontrado. A professora de Peleontologia e de Evolução e Dinâmica da Terra do CAV, Juliana Sayão, apontou que o exemplar foi encontrado na cidade de Nova Olinda, localizada no estado do Ceará, porém, o fragmento ósseo só foi atestado como o mais antigo da menor espécie de crocodilos, após histologia e análise das células realizado em Pernambuco.
“A espécie é o exemplar mais primitivo dentro da linhagem dos crocodilos modernos (jacarés, aligatores e crocodilos que vivem atualmente)”, aponta Juliana. “Se trata de um marco da evolução dos crocodilos”, acrescenta a coordenadora da pesquisa. Pelo tamanho do fóssil, se pensou inicialmente que era um crocodilo que ainda não havia atingido a fase adulta. Porém, diante das características do osso, encontrada apenas em organismos maduros, foi definido que se tratava de um adulto.
O Susisuchus Anatoceps viveu há aproximadamente 120 milhões de anos, no período Cretáceo, na região onde atualmente a Chapada do Araripe. A amostra de crocodilo anão analisada morreu aos 17 anos e tinha 60 cm de comprimento. De acordo com Sayão, ele poderia atingir os 90 cm e viver até 20 anos. O Susisuchus é a menor que as atuais espécies de crocodilos anões vivos (Paleosuchus e o Osteolaemus). Ambos vivem em áreas pantanosas do cerrado e em lagoas da floresta amazônica.