Pai denuncia que filho foi devorado em prisão venezuelana

El Pitazo / Youtube

Um homem foi à imprensa denunciar o desaparecimento do filho de 25 anos em uma prisão do estado de Tachira, na Venezuela. Segundo Juan Carlos Herrera, outro detento entrou em contato com ele para avisar que o filho e outras duas pessoas foram esfaqueados, pendurados para sangrar e depois comidas por detentos durante uma rebelião na penitenciária do estado, em setembro de 2016, que durou um mês. Juan Carlos Herrera Júnior cumpria pena por roubo desde 2015 e, segundo o The Telegraph, estava na unidade prisional quando dois guardas e oito visitantes foram feitos reféns, no dia 8 de setembro, dando início à revolta.

A prisão, com capacidade para 120 pessoas, tinha 350 no momento da revolta. Um dos detentos do local é Dorángel Vargas, um serial killer venezuelano, preso desde 1999 por matar cerca de 40 pessoas e depois alimentar-se da carne delas. “O detento com o qual eu falei disse que ele foi torturado e espancado com um martelo para comer a carne do meu filho”, afirmou Herrera em coletiva de imprensa, divulgada no jornal britânico The Independent.

Apesar de uma fonte policial ter confirmado o crime, envolvendo duas vítimas, à Fox News Latino, o ministro de assuntos penitenciários do país, Iris Varela, negou que os presos tenham sido alvo de canibalismo. Além de justiça, Juan Carlos pediu pelo menos um resto mortal do filho para diminuir a dor da perda. “O que mais me machuca é não poder enterrar meu filho, não poder dar um enterro cristão para ele”, lamentou.

De acordo com o coordenador do Observatório das Prisões da Venezuela, Humberto Prado, será solicitada uma investigação sobre o caso, que deve ser acompanhada pela Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, uma vez que casos de desmembramentos e torturas do gênero já foram registradas antes. “Em El Tigre, houve até caso de presos forçados a comerem os próprios dedos”.

 

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