Nova droga pode ser controle pro Alzheimer, diz pesquisa
Cientistas norte-americanos descobriram uma forma de remover proteínas tóxicas capazes de influenciar o surgimento de Alzheimer no cérebro humano. A instituição responsável pelo estudo da doença, Banner Alzheimer’s Institute, anunciou a descoberta após a segunda fase do teste da droga, batizada de aducanumab. Se as outras fases da pesquisa também forem bem sucedidas, o remédio pode estar pronto para consumo em 2020.
Para testar a droga, um grupo de 165 pacientes foi selecionado. Desses, 103 receberam o medicamento em doses variadas e o resto recebeu um placebo. Depois de pouco mais de um ano, aqueles que receberam o remédio tiveram a quantidade da proteína chamada amyloid-β e um nível de desgaste mental reduzidos em relação aos outros pacientes; quanto mais remédio eles tomavam, maior a redução. Um terço dos pacientes que tomaram os remédios apresentaram algumas alterações no cérebro, monitoradas de perto por neurocirurgiões.
“Essa é uma das melhores descobertas que tive em 25 anos de pesquisa sobre o Alzheimer. Traz esperanças a meus pacientes e famílias afetados pela doença”, explicou o neurologista Stephen Salloway, um dos responsáveis pelo estudo em entrevista à revista Nature. Apesar dos números positivos, a publicação lembrou que outros remédios para Alzheimer já se mostraram promissores nas primeiras fases, mas terminaram sendo inefetivos e até mesmo causando a morte dos pacientes, como foi o caso de uma vacina desenvolvida pela empresa Elan em 2002.