NASA cria estufa inflável para longas missões espaciais

NASA/Reprodução

Procurando formas de alimentar seus astronautas em longas viagens, os pesquisadores da Nasa já conseguiram fazer plantas crescerem na Estação Espacial Internacional. Agora, a agência revelou o protótipo de uma estufa inflável para que esse processo possa ser realizado em maior escala, seja na lua ou em uma possível missão tripulada a Marte.

Desenvolvida por uma equipe da agência espacial norte-americana em conjunto com pesquisadores da Universidade do Arizona, a estufa funcionaria reciclando nutrientes continuamente, reproduzindo processos que ocorrem na Terra e são necessários para criar condições propícias à vida. O projeto é chamado de “sistema de suporte vital biorregenerativo”. O projeto prevê que ela possa ser usada não apenas para o plantio de alimentos, mas para a revitalização do ar e reciclagem de água e dejetos.

Um dos pesquisadores do Centro Espacial de Kennedy (órgão da Nasa responsável pela pesquisa), o dr. Ray Wheeler explicou o funcionamento da estrutura ao jornal Daily Mail. Quando estiverem dentro dela, o dióxido de carbono exalado pelos astronautas será transformado em oxigênio pelas plantas lá dentro, através de fotossíntese. O ciclo da água na estufa teria início com uma quantidade levada previamente ou encontrada no local; na reciclagem, que poderia fazer com que ela durasse meses, ela é oxigenada e recebe nutrientes, fluindo continuamente pelas raízes das plantas e retornando ao local de armazenamento.

NASA/Reprodução

Quanto a iluminação, os cientistas trabalham com a possibilidade do uso de lâmpadas especiais de LED. Elas seriam necessárias pois as estufas, muito provavelmente, teriam que ser montadas abaixo do solo, para proteger os astronautas da radiação espacial. Mas o uso da luz solar também é cogitado, com o uso de concentradores que captem luz solar e a redirecionem para a estrutura, através de feixes de fibra ótica.

Os protótipos, que medem 5,5 metros de comprimento por 2,4 metros de diâmetro também passarão por testes específicos, como simulações de controle automático do ambiente. Atualmente, os pesquisadores trabalham para determinar quais plantas, sementes e outros materiais devem ser levados junto com a estrutura e, assim, garantir que ela funcione devidamente e garanta o suporte vital necessário aos astronautas nas longas missões.

 

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