Iraque corta internet do país para alunos não colarem

Unicef/Imagem

O Iraque cortou a internet do país inteiro para prevenir que os alunos, do equivalente ao 4° ano do Ensino Fundamental brasileiro, trapaceassem durante o período de provas escolares. A medida tomada pelo governo foi criticada por grupos de direitos humanos. Segundo o The Atlantic, o governo já tomou essa medida antes, em 2015, e repetiram a ação em 2016. “Apagões na internet colidem com os direitos de liberdade e expressão dos cidadãos. E acaba cortando a ligação dos habitantes com o mundo externo, ou seja, com outros países”, explica Deji Olukotun, gerente global de advocacia sênior da Access Now, representante de um dos grupos que assinaram documento contra a mesma atitude do governo em 2015.

Ainda segundo a publicação, a falta de acesso à internet, em experiências passadas, poderia ter como motivo a ligação a acontecimentos políticos ou militares. As organizações alertam que a falta de acesso à rede pode, inclusive, prejudicar o sistema de socorro a vítimas. O Iraque não é o único a utilizar o “método educacional”. O Uzbequistão bloqueou a internet móvel no país durante os exames realizados no país em 2014 e o mesmo já aconteceu no Gujarat, a noroeste da Índia.

Entretanto, nem sempre o corte da internet é eficaz em manter os usuários distantes da rede, já que a situação pode ser contornada com VPNs ou Tor. Além disso, mesmo quando o governo solicita o corte a empresas de telecomunicações, os funcionários podem não conseguir cortar o acesso à rede em todo país.