Tratamento em estudo estacionaria câncer por até 14 anos no corpo

Ciencia Hoje/Site

A cura do câncer ainda hoje é misteriosa para os cientistas. Diversos estudos são feitos para tentar descobrir uma forma de estacionar a doença. Entretanto, cada descoberta é considerada um avanço para a ciência e uma esperança para os pacientes. Dia 15 de fevereiro de 2016, cientistas revelaram que descobriram mais um tratamento, por meio da imunoterapia da célula T, que pode parar a doença de uma maneira que ela não volte mais. Eles haviam apresentado os resultados em uma conferência em Washington. O método do tratamento, denominado de “droga viva”, seria parecido com o de uma vacina.

O primeiro estudo, apresentado pela pesquisadora Chiara Bonini, revelou que o tratamento teria duração de, no mínimo, 14 anos no corpo, possibilitando assim uma expectativa para a cura definitiva. Segundo o Daily Mail, o tratamento é feito a partir das células T (células brancas do sangue que costumam combater vírus e bactérias) que são removidas do paciente e modificadas geneticamente para reconhecer o cancro e atacá-lo. A partir disso, elas são cultivadas num laboratório antes de serem inseridas novamente no paciente para que encontrem e destruam as células cancerosas.

“Esta é realmente uma revolução”, disse a pesquisadora Chiara Bonini na conferência. Ela acredita que essas células podem durar a vida inteira. Pois elas foram geneticamente modificadas para buscar o câncer e destruí-lo, assim fará todos os anos, impedindo o retorno. O segundo estudo, feito por pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Centre, reafirmou a força da imunoterapia feita por meio da célula T. Eles fizeram o tratamento com paciente com leucemia, que tinham poucos meses de vida, e o câncer desapareceu em 94% dos pacientes. Já outros pacientes que tinham outro tipo de câncer no sangue, as taxas subiram mais de 80%.

“Isto é extraordinário. Obter taxas de resposta neste pequeno intervalo nestes pacientes muito avançados é sem precedentes na medicina”, disse Stanley Riddel, um dos pesquisadores. Apesar do avanço, o tratamento não é tão simples. Ele inclui efeitos colaterais que podem ser graves e até mesmo levar a morte. Os bons resultados estão relacionados a leucemia e outros cânceres no sangue. Pois o câncer de próstata, de mama e outros tumores são formados por grumos.