Cientistas acreditam ter descoberto novo planeta no Sistema Solar

Nasa/Reprodução

Dois cientistas da CalTech alegam ter descoberto um novo planeta no Sistema Solar, que seria o nono, se reconhecido. Ele teria cerca de 10 vezes a massa da Terra, sua atmosfera, composta de hidrogênio e hélio e orbitaria depois de Netuno.

A informação foi repassada pelos profissionais Konstantin Batygin e Mike Brown, em publicação na Science Magazine, levantada pelo Huffington Post. Conhecido como “Planeta X”, ele ainda só não é dado como certo porque os cientistas não o observaram, de fato. A constatação foi feita por conta da configuração única apresentada por seis corpos celestes ao se aproximarem do sol, cuja probabilidade de coinciência seria de apenas 0,007%. Essa configuração, traduzida em cálculos astronômicos, dariam a confiança necessária para que eles afirmem a existência do nono planeta – observá-lo com um telescópio, no entanto, só seria possível dentro dos próximos cinco anos de estudos.

 

A justificativa para a óbvia pergunta de como um planeta poderia ter passado despercebido por todo esse tempo vem na forma de algumas teorias – a mais forte delas, de que o planeta X teria colidido, possivelmente com Júpiter, e teria sido “ejetado” do Sistema Solar há 4 bilhões de anos.

“Estávamos bem céticos quanto à possibilidade desse planeta existir, mas continuamos investigando sua órbita e o que ela significaria e fomos sendo convencidos de sua existência. Há evidência sólida que o Censo de nosso sistema planetário ainda está incompleto”, disse Batygin, em descrição de suas descobertas na quarta-feira, 20 de janeiro de 2016, no Astronomical Journal.

Brown já é reconhecido por alterar a forma como percebemos o Sistema Solar – foi ele quem descobriu, em 2005, os parâmetros que fizeram com que Plutão deixasse de ser considerado um planeta – para ter uma ideia, o Planeta X teria 5 mil vezes mais massa que o antigo planeta-anão. “Quem perdeu a cabeço por Plutão pode se animar ao saber que agora temos um novo planeta a ser descoberto”, finalizou.

Caltech/Reprodução