Botos ameaçados de extinção morrem misteriosamente no Rio de Janeiro

Insituto Boto Cinza/Facebook

Cerca de 800 botos cinzas se encontram na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, sendo essa a maior concentração do planeta dessa espécie. Porém, 78 deles morreram em um período de 17 dias no mês de dezembro de 2017, representando uma perda de quase 10% da população do local. Essa alta taxa de mortandade está preocupando os pesquisadores do Instituto Boto Cinza, ONG voltada para o estudo e preservação da espécie, já que sua causa ainda não está clara.

Pesquisadores da ONG SOS Botos indicam que a pesca predatória não é a causa desse fenômeno mortal. Até cinco carcaças foram recolhidas diariamente no período de final de ano na região. Segundo Nilton Machado, presidente da Associação dos Pescadores, Maricultores e Lazer do Sahy (Assopesca), a fiscalização deve ser mais dura e eficaz com portos e indústrias que despejam poluentes na baía. “Assim podemos começar um trabalho em busca dos agentes causadores e procurar soluções”, afirmou ao jornal Atual.

O boto cinza é considerado um símbolo da cidade do Rio de Janeiro, já chegando a fazer parte de sua bandeira. Ele integra a Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. Existem mecanismos legais, como a instauração da Área de Proteção Ambiental Marinha Boto Cinza, feitos com objetivo de preservação do animal. Os exames em laboratórios especializados devem dar uma conclusão sobre a causa das mortes até o fim do mês de janeiro de 2018.

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