Asteroide “não detectado” quase colide com a Terra
Um asteroide passou a quase 200 mil quilômetros de proximidade da Terra a 57.600 km/h (ou 16 km/segundo) no dia 10 de janeiro de 2017. Para a ciência, podemos considerar que quase fomos atingidos, já que essa distância é metade da existente entre a Terra e a Lua. Nomeado 2017 AG3, o asteroide tinha entre 15 e 34 metros, equivalente a um prédio de 10 andares. Caso atingisse alguma região do planeta Terra, causaria um grande dano, mas ainda assim, o asteroide só conseguiu ser detectado de forma tardia pela University of Arizona’s Catalina Sky Survey e, por isso, nenhum alerta foi dado.
As informações são do jornal britânico Daily Mail. Seu tamanho foi comparado ao do asteroide que caiu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Assim, caso ocorresse, já poderíamos ter uma noção dos possíveis efeitos da colisão entre o 2017 AG3 e a Terra – na ocasião, houve quase de 1,5 mil pessoas feridas. O fato é que saber os efeitos não é o mesmo que saber como preveni-los, preocupação de cientistas em todo o mundo, que foi confirmada após a Casa Branca produzir um documento oficial descrevendo seus possíveis planos de contingência, em caso de colisão iminente.
Eric Feldman, astrônomo do Slooh, que faz transmissões dos eventos do espaço na internet contou, durante uma transmissão ao vivo, que o asteroide estava se movendo muito rapidamente e próximo do nosso planeta. Além disso, ele atravessava a órbita de Vênus e da Terra com uma órbita especialmente elíptica.
Não faz muito tempo que presenciamos outra história semelhante envolvendo esse tipo de situação. No dia 21 de dezembro de 2016, quatro asteroides passaram por nós, sem nos oferecer riscos. O maior deles, 2006LH, tinha 260 metros de extensão e viajava a uma velocidade de 13 mil km por segundo. A diferença é que, nesse caso, o intervalo de tempo entre ele e outros três asteroides foi tão curto que fugiu da normalidade.