Após 50 anos, irmãos pernambucanos se encontram ao acaso em hospital

TV Gazeta/Reprodução

Separados pelo tempo, os irmãos pernambucanos Adolfo e Antônio Teixeira da Silva, tiveram um reencontro inesperado. Depois de 50 anos sem contato um com o outro, eles voltaram a estar juntos, mas, dessa vez, em leitos do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. A surpresa veio quando os dois, que foram colocados em macas lado a lado, se identificaram depois de ouvir os funcionários chamando os seus nomes. De acordo com o hospital, até os diagnósticos eram “irmãos”. Adolfo e Antônio sofrem com problemas semelhantes na região do intestino.

Foram cinco dias na mesma enfermaria sem qualquer tipo e desconfiança do parentesco por parte deles. “Não acreditei quando ouvi a enfermeira chamar por alguém que tinha meu sobrenome. Ele estava na cama ao lado. Pensei: será que é meu parente? Será?”, afirmou ao portal alagoano GazetaWeb. Para esclarecer a dúvida, Antônio usou uma foto antiga, o único registro que possuía do pai, que mandou buscar na mesma hora.

Na infância, os rapazes moravam em Arcoverde, Sertão de Pernambuco, e ali ficaram até a adolescência. Aos 15 anos, porém, Antônio decidiu se mudar para trabalhar em Maceió, circunstância responsável por fazê-lo perder o contato com a família. “Isso foi na minha adolescência, quando tinha 14, 15 anos. Fiquei sabendo que Adolfo tinha família, mas, desde então, a gente não se viu mais”, comenta Antônio, que está com 68 anos. Adolfo, mais velho, atualmente, tem 89 anos.

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O auxiliar administrativo do hospital, José Amorim de Oliveira, que acompanhou a reação dos idosos, contou o que aconteceu logo depois de chamar em sequência o nome deles em voz alta. “Eles começaram a se olhar aí achei estranho e conferi o nome do pai. Um deles puxou a foto do pai e foi quando tiveram a certeza do parentesco. Eles se abraçaram e choraram. Eu também me emocionei”, narra o auxiliar administrativo José Amorim de Oliveira. Os irmãos foram transferidos de unidade de saúde e seguem com o tratamento, porém ainda estão surpresos. “Estou muito feliz e agradecido a Deus por isso”, declara o mais velho.

Uma das enfermeiras que cuida deles, Ivanize Guimarães, não esconde que também ficou mexida com o reencontro. “Isso me tocou muito, principalmente pela época em que estamos. Época que as famílias se juntam e celebram. Época de muito amor e carinho. Os idosos tendem a somar perdas, aqui eles ganharam a família um do outro”, pontuou. As emoções, entretanto, não acabam por aí. Os Silva planejam uma festa em família para quando saírem do hospital. “Já conheci sobrinhas, a filha dele e falei com a esposa. Obrigado, Deus, por esse reencontro”, conclui Adolfo.

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