Abril é o 12° mês seguido a bater recorde de calor
Desde 2015, os registros de meses que apresentaram temperaturas médias vêm batendo recordes mês após mês. Segundo dados divulgados pela Nasa, as temperaturas marítimas e terrestres estão 1,11 grau Celsius mais quentes do que as temperaturas médias registradas no mesmo mês entre os anos de 1951 e 1980. Abril é o sétimo mês consecutivo com aumento de, aproximadamente, 1 grau Celsius relacionado à média do período e o 12° mês seguido a bater recorde de temperaturas médias altas.
Os dados alarmantes levaram os cientistas a declararem uma situação de emergência climática e está lançando dúvidas sobre as promessas feitas no Acordo de Paris, de 2015, que preconizava um limite máximo de aumento da temperatura no patamar dos 2 graus Celsius, sendo esperadas graves consequências naturais caso houvesse excessos.
With Apr update, 2016 still > 99% likely to be a new record (assuming historical ytd/ann patterns valid). pic.twitter.com/GTN9sPL2D7
— Gavin Schmidt (@ClimateOfGavin) 14 de maio de 2016
Segundo a CNN, cientistas e líderes concordam que as emissões de gases estufa terão pico em breve e precisa ser seguido de reduções rápidas, ao longo dos próximos anos, para conter aumentos de temperatura. Segundo um comunicado da Convenção do Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, “na segunda metade do século, essas emissões precisam ser tão baixas que elas poderão ser facilmente absorvidas pelos sistemas naturais da terra, como florestas e solos”.
Spiralling global temperatures from 1850-2016 (full animation) https://t.co/YETC5HkmTr pic.twitter.com/Ypci717AHq — Ed Hawkins (@ed_hawkins) 9 de maio de 2016
As altas temperaturas tiveram um aumento significativo em 2015, impulsionado pelo fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas oceânicas no Oceano Pacífico Tropical e conhecido por trazer condições climáticas extremas, como secas e fortes chuvas para outras partes do mundo. As principais consequências do contínuo aumento das temperaturas seriam a elevação do número de furacões, maior número de espécies ameaçadas de extinção, derretimento mais acelerado das geleiras e o aumento da escassez da água doce.