96% das rodovias estaduais de Pernambuco são regulares, ruins ou péssimas, aponta CNT

Paulo Paiva/DP

Dos 1 mil km de rodovias estaduais avaliados na pesquisa anual da Confederação Nacional do Transporte em Pernambuco (CNT), apenas 38km foram considerados bons ou ótimos. Todos os demais trechos, 96,2% do total, foram considerados regulares, ruins (maioria) ou péssimos. Quando o quesito são as rodovias federais que cortam o estado, o cenário muda, tendo 1282 km de estradas consideradas boas ou ótimas, 60% do total avaliado.

O relatório da CNT avaliou 3136 km de rodovias em Pernambuco. Entre os maiores desafios enfrentados nas rodovias pernambucanas, de longe, o maior problema é caracterizado como “geometria da via”, espaço reservado não apenas ao tráfego de veículos, mas acostamento e inclinação do asfalto, por exemplo: 91,4% dos trechos do estado foram considerados regulares (maioria), ruins ou péssimos. A margem foi bem acima da média nacional, de 77,9% no mesmo ponto avaliado.

Em seguida destaca-se a questão da sinalização. De cada 10 km de via, pelo menos 1 é apontado como possuindo placas cobertas pela vegetação ou mesmo com sinalização inexistente. E, pior, entre as placas que, de fato, estão nos locais, apenas 60% são totalmente legíveis. Além disso, quando o assunto é pavimento, 35% dos trechos percorridos pela pesquisa foram caracterizados como perfeitos, enquanto 65% apresentavam desgastes, trincas, buracos ou estavam totalmente destruídas.

No relatório de 2016, 9 trechos foram considerados bons, 10 regulares, enquanto 8 receberam avaliação ruim e 7, péssimo. Nenhuma rodovia avaliada nesse período foi considerada ótima:

Entre as conclusões alcançadas pela pesquisa, realizada entre julho e agosto de 2016, está a elevação do custo operacional dos transportes numa média de 24,9%. Em estradas consideradas péssimas, esse índice chega a 91%. “Essa distorção nos gastos públicos tem causado graves prejuízos à sociedade brasileira, desde o desestímulo ao capital produtivo, passando pelas difi culdades de escoamento da produção até a perda de milhares de vidas”, avalia o presidente do órgão, Clésio Andrade. “os dados indicam a necessidade de fortes investimentos na infraestrutura de transporte e logística, de priorização de projetos e de modernização da infraestrutura rodoviária”, completa.

Fim da conversa no bate-papo

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