“Cesariana natural” faz bebê sair “arrastando-se” de útero, em técnica aplicada no Reino Unido
Uma nova forma de colocar crianças no mundo têm sido aplicada em alguns hospitais no Reino Unido: a cesariana natural. A versão “menos invasiva” da cirurgia virou opção popular para as mães que não podem ter o bebê de forma normal e o vídeo de um desses procedimentos viralizou na internet. A operação consiste em fazer uma abertura no útero da mãe e deixar que o bebê leve seu tempo para sair desse espaço, sempre assistido pelos profissionais.
O vídeo, que em apenas um dia de postagem ultrapassou 2,5 milhões de visualizações e 30 mil compartilhamentos, mostra, a princípio, só a cabeça do bebê saindo de um pequeno corte na barriga da mãe. Depois de dois minutos, a criança começa a “engatinhar” para fora do corte sem a ajuda dos médicos.
De acordo com o jornal Daily Mail, a educadora de parto Sophie Messager foi a responsável pela filmagem e explicou que a mãe do bebê já tinha tentado um procedimento natural em outras clínicas, mas foi rejeitada até encontrar este hospital. “Eu amei assistir o bebê sair ‘andando’ do útero. A mãe também quis que esperássemos até o cordão umbilical parar de pulsar para cortá-lo”, afirmou Sophie.
Em maio de 2015, outro vídeo, de Sarah Saunders, moradora de Devon, chamou a atenção da internet com a técnica diferenciada e acabou dando a origem à popularidade do procedimento. Até o momento, ele já tem 1,7 milhão de visualizações.
A técnica vem sendo defendida há vários anos, mas só agora ganhou mais espaço. Em artigo disponível na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a cesárea natural é descrito como um procedimento que tem a mulher como foco, imitando o tipo de contato entre mãe e bebê que é obtido durante o parto normal. Entre os benefícios apresentados, estão o contato direto com os pais em um tempo menor, bem como a não redução do tempo de amamentação, um dos efeitos que seriam esperados num parto cesariano tradicional. Os pontos que diferenciariam a abordagem estão em colocar os pais presentes durante o nascimento, como participantes ativos, um nascimento mais lento e natural, bem como a obrigatoriedade de o bebê ser levado diretamente ao tórax da mãe, concluindo a relação pele a pele desde os primeiros segundos.