Resistência aos antibióticos matará mais que câncer até 2050, defende chanceler inglês

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A resistência do corpo aos antibióticos se tornará uma ameaça global mais grave que o câncer, afirmou o chanceler Gerge Osborne de acordo com o tabloide britânico The Independent. Ele apresentará em reunião do Fundo Monetário Internacional, realizada em Washington, um estudo que sugere que 10 milhões de pessoas poderão morrer por ano ao redor do mundo até o ano de 2050 diante da ineficácia de antibióticos para combater infecções consideradas comuns.

O número é maior que o total de pessoas vitimadas pelo câncer em cada ano. A preocupação do chanceler vai além das vidas que estão em risco. Ele aponta que a resistência das doenças aos antibióticos causará um “enorme custo econômico”, culminando em 2050 com a redução do Produto Interno Bruto mundial em cerca de 3,5%, valor equivalente a R$ 350 trilhões em números atuais.

O chanceler aponta que o “custo de não fazer nada, tanto em termos de vidas perdidas quanto de dinheiro desperdiçado, é muito grande”. O criação de novos antibióticos, sobretudo para os países em desenvolvimento, é um dos pontos principais defendido por Osborne, além de uma diminuição drástica no uso desnecessário desse tipo de medicamento. Em 2014, durante reunião do G20, o chanceler já havia manifestado a sua preocupação com o crescente problemas da resistência de infecções aos medicamentos.

Recomendações finais sobre o estudo serão definidas em maio de 2016. Uma das propostas é que uma recompensa seja paga às empresas farmacêuticas que criarem um novo antibiótico ou diagnóstico.