Lentes mais finas do que um fio de cabelo podem revolucionar celulares
Cientistas da Universidade Nacional da Austrália (NAU), criaram lentes de câmera com espessura de 6.3 nanômetros, o equivalente a aproximadamente dois milésimos de um fio de cabelo. A invenção pode significar uma revolução nos celulares como conhecemos. Com o advento, os aparelhos podem ficar mais finos do que um cartão de crédito.
A lente foi criada a partir de nove camadas atômicas descascadas de um composto inorgânico chamado dissulfeto de molibdênio. Utilizando-se de um feixe de íons para raspar o átomo, os cientistas conseguiram criar uma lente finíssima. A partir disso, a equipe concluiu que o dissulfeto de molibdênio possuía propriedades ópticas capazes de determinar a fase da luz, além de regular sua interferência e difração.
“No início, não podia imaginar por dissulfeto de molibdênio tinha essas propriedades surpreendentes. A manipulação do fluxo de luz em uma escala atômica poderia levar a miniaturização sem precedentes na fabricação de câmeras”, comemorou o Doutor Yuerui Lu, líder da pesquisa, em boletim oficial da Universidade Nacional da Austrália. O índice de refração -propriedade que quantifica a força do efeito de um material na luz- do cristal dissulfeto de molibdênio de cristal tem o alto valor de 5,5. O diamante e água, por exemplo, tem valores de 2,4 e 1,3, respectivamente.