Síndrome faz com que mulher tenha alergia ao próprio marido

Scott Watkins/Facebook

Devido a uma doença chamada síndrome de ativação de mastócitos, a norte-americana Johanna Watkins não pode beijar – ou sequer mesmo permanecer no mesmo ambiente – que seu marido. Sua condição faz com que seu sistema imunológico receba sinais errados sobre como reagir às coisas que acontecem à sua volta, causando uma reação alérgica a quase tudo, incluindo a maioria das comidas, produtos químicos, aromas e o próprio marido.

“Quando o conheci, eu tinha uma série de alergias que sempre tive por anos e com as quais já estava acostumada, para mim eram normais. Tinha dores de cabeça constantes, manchas vermelhas estranhas na pele, pegava vírus diferentes e esquisitos. E fazia uma série de tratamentos, mas ainda trabalhava e vivia uma vida normal”, disse Johanna ao jornal britânico BBC. Suas crises foram piorando ao longo do tempo, fazendo com que ela tivesse um acesso de tosse cada vez que o marido, Scott, se aproximava.

 

Scott Watkins/Facebook

Eu tossia a ponto de não conseguir respirar. Quando percebemos que não podíamos mais compartilhar uma vida juntos, foi extremamente traumático”, relata. Johanna foi diagnosticada em 2015 após conviver com as alergias durante anos. Ela passou por diversos tratamentos, no entanto, nenhum lhe forneceu uma melhoria significativa.

No início, a gente achava que era um cheiro, que talvez eu comia algum tipo de comida que causava alergia nela ou que interagia com algo no ambiente que causava algum tipo de reação e a prejudicava”, disse Scott à BBC. Eu tentava de tudo. Tomava mais banhos, me limpava muito bem e o tempo inteiro, trocava de roupa… mas mesmo assim nada adiantava. E nós percebemos que ela não era alérgica a algo que eu trazia comigo, mas a algo que o meu corpo produzia o tempo todo. E nós não sabemos o que é isso.”

Apesar de viverem na mesma casa, o casal vive a três andares de distância. Johanna vive isolada em um quarto que possui um filtro especial para o ar, e só tem contato próximo com seus irmãos, que sempre tomam banho com um sabonete especial antes de encontrá-la, além de vestirem máscaras e roupas específicas.  Para compensar a distância, o casal costuma combinar os horários de assistir seriados em simultâneo, conversando sobre as cenas através do celular. “Estamos completamente comprometidos um com o outro e dispostos a esperar o tempo que for para encontrar uma solução. Eles não sabem o que é o problema, não sabem se vou melhorar. Espero que sim, rezo para que isso aconteça”, afirma Johanna.

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