Seita praticava canibalismo por dinheiro e poderes
Uma seita envolvendo canibalismo chocou a província de Kwazulu-Natal, na África do Sul. O caso foi descoberto após o curandeiro e idealizador do movimento se entregar a polícia afirmando estar “cansado de comer carne humana”. A princípio, os oficiais não acreditaram na história. Para provar a veracidade, o homem os levou até a casa alugada na qual praticava os rituais e mostrou uma panela cheia de orelhas humanas. No local, restos de corpos em decomposição foram encontrados em sacos e atrás de arbustos.
A notícia foi veiculada pelo jornal britânico BBC. Segundo a publicação, o rapaz convidava pessoas sem emprego para trabalhar como ajudantes dele. Os banquetes de carne humana eram oferecidos para quem queria dinheiro, poder e proteção. A maioria dos clientes eram ladrões, que acreditavam ganhar até mesmo “imunidade a balas” se se alimentassem de pessoas. Muitos afirmaram saber que aquilo era carne humana.
Uma das vítimas do curandeiro foi uma mulher de 25 anos chamada Zanele Hlatshwayo, desaparecida desde julho de 2017. Nas roupas da mulher foram encontradas marcas de violência e muita lama e terra. “Nós só conseguíamos pensar em como ela deve ter implorado pela própria vida. Ela teve uma morte extremamente dolorosa”, afirmou a irmã mais velha da vítima em entrevista ao jornal. Agora, o idealizador da seita e cinco seguidores foram presos. Todos se recusaram a pedir fiança e aguardam julgamento.
Canibalismo marcou história recente de Pernambuco
No mês de abril de 2012, um crime com traços semelhantes ao da África do Sul foi descoberto no agreste de Pernambuco e chocou o país. A polícia começou a investigar a história dos “Canibais de Garanhuns” quando encontrou dois corpos na casa onde moravam Bruna Cristina de Oliveira, Jorge Negromonte e Isabel Pereira. Meses de depoimentos e investigações descobriram que os assassinatos faziam parte de uma seita chamada “Cartel”, onde a morte da vítima era um tipo de purificação.
Entre os anos de 2008 e 2012 o grupo matava as vítimas, se alimentava da carne e também a colocava em salgados vendidos na cidade. A filha de uma das vítimas teria sido “adotada” pelo grupo e também teria comido carne humana. Em juri popular, realizado dois anos depois da descoberta do caso, cada um dos suspeitos foi condenado a mais de 20 anos de reclusão.