Restos do Titanic devem desaparecer em 20 anos

The Weather Channel/Reprodução

O naufrágio do Titanic já é muito bem conhecido, principalmente pelo filme de mesmo nome estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. O filme é baseado em fatos reais e quando o navio saiu em sua primeira viagem, em 1912, ninguém imaginou que ele se resumiria a restos de ferrugem no fundo do mar. Pois essa é a realidade do navio luxuoso e, cientistas acreditam, não haverá mais nada do navio daqui a 20 anos por causa de uma bactéria que está se alimentando do seu casco de ferro.

Os cientistas conseguiram identificar a bactéria usando tecnologia de DNA; ela se chama halomonas titanicae e está consumindo a ferrugem e o ferro. Essa descoberta é o resultado de duas décadas de pesquisa dos micro-organismos no Titanic após os cientistas encontrarem amostras da bactéria em fragmentos do navio em 1991.

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Os restos do Titanic foram encontrados apenas em 1985 por um oceanógrafo da Universidade de Rhode Island, Estados Unidos. A princípio, ele estava em uma exploração secreta da Marinha norte-americana para localizar vestígios de dois submarinos nucleares que afundaram durante a Guerra Fria, mas coincidentemente, o Titanic estava entre os dois, de acordo com site britânico de notícias BBC.

Na época, o navio foi considerado “conservado”, levando em consideração o ambiente. Não há muita luz presente e, por estar a 3,8 km abaixo da superfície, não é convidativo para vida marinha por causa da alta pressão, então isso acabou diminuindo a velocidade da corrosão.

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Por causa dessa bactéria que se alimenta de metal, a estrutura está sendo destruída e alguns pesquisadores acreditam que tudo dever desaparecer em 14 anos, enquanto outros dão mais 20 anos de existência ao Titanic. “Eu acho que o Titanic deve ter entre 15 e 20 anos restando. Não deve durar mais do que isso; já durou 100 anos, mas eventualmente não vai restar nada além de uma mancha de ferrugem no fundo do Atlântico”, disse a doutora responsável pelo estudo Henrietta Mann, da Dalhousie University, na Nova Escócia, ao jornal britânico Daily Mail.

Apesar da preservação do Titanic ser impossível, há esperanças de que essa descoberta possa ajudar cientistas a prevenir a destruição de outras estruturas de ferro ou até descobrir mais sobre a história do navio. “No futuro, as pessoas podem achar que nós não fizemos o suficiente para preservar a estrutura, mas isso custaria uma fortuna e provavelmente é impossível. Quanto mais a estrutura do navio desaparecer, mais podemos ver o interior dele. Podemos descobrir mais sobre o Titanic a partir do momento que coisas como bolsas de correspondências se tornarem visíveis”, explicou o presidente da Sociedade Irlandesa Histórica do Titanic, Ed Codhlan.

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