Resgatados de circo, leões são encontrados decapitados

ADI / Divulgação

José e Liso são dois leões que foram resgatados de um circo no Peru, em 2014, quando a ONG Animal Defenders International (ADI) começou a implantar a lei que proíbe o uso de animais em circos. Após os resgate, os dois animais foram levados para um santuário de grandes felinos de Emoya – uma reserva privada de 5 mil hectares na província de Limpopo, no norte sul-africano. Um lugar onde deveriam viver tranquilos o resto de suas vidas, porém, os animais foram encontrados decapitados, sem cauda, patas e pele dentro da reserva.

As autoridades locais estão investigando o caso, mas acreditam que os leões tenham sido vítimas de grupos que tem o hábito de usar membros de animais, como patas de leões, em rituais, para preparação de poções mágicas ou curandeiras. Essas atividades são muito tradicionais na África do Sul. Uma situação muito parecida aconteceu no início do ano, quando caçadores quebraram o muro e invadiram um parque para decapitar e cortar as patas de três leões.

A ADI trabalha nesse ramo e resgata leões há 21 anos. A ONG diz que esta é a primeira vez que presencia um incidente deste tipo. Eles estão oferecendo uma recompensa para quem tiver informações sobre o caso de José e Liso. “Estes dois leões sofreram uma vida de abusos horríveis, mas a morada nova na África havia renovado a vida deles, até este revoltante incidente”, lamentou Jan Creamer, diretor da ADI, que trabalhou no translado dos bichos em 2016, para a BBC Brasil.

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