Rapaz acha cheque em branco e mobiliza internautas para achar dono

Geovane de Souza Facebook

A atitude nobre do auxiliar administrativo Geovani Luis de Souza viralizou nas redes sociais. O rapaz de 26 anos, morador do município de Botucatu (SP), encontrou um cheque assinado em branco e decidiu correr atrás do dono para devolver o documento. Postando uma foto nas redes sociais, Geovani conseguiu dezenas de compartilhamentos e pessoas da cidade conseguiram se comunicar com a agência bancária avisando do ocorrido e identificando o responsável. Em entrevista ao Uol, o jovem explicou o motivo de seu ato. “Encontrei o cheque no balcão da lotérica onde estava. Peguei o cheque e foquei em achar o dono. Avisei ao banco, imediatamente. Pedi o telefone dele ao banco, mas não me passaram por motivos de segurança. Depois, postei em vários grupos no Facebook. Enquanto não encontrei o dono eu não sosseguei. Honestidade é tudo para mim”, contou o auxiliar administrativo.

O dono do cheque foi identificado como Miguel Rosa, de 47 anos. Sua filha, Rafaela de Oliveira Rosa, de 21 anos, foi quem viu a postagem de Geovani nas redes sociais e percebeu que o documento pertencia ao seu pai. “Agradeço a Deus pelo cheque ter caído nas mãos de uma pessoa tão honesta. Precisamos de mais pessoas assim. Meu pai é um homem simples e humilde, ele trabalha como pedreiro. Esse é o ganha-pão dele e é com isso que ele sustenta a família. Faria muita falta. Ele nem tinha percebido que o cheque não estava mais com ele”, comentou Rafaela.

Depois de devolver o cheque, o rapaz desabafou sobre o alívio que sentiu ao efetivar a entrega. “Foi uma sensação de dever cumprido. Ele foi buscar o cheque no meu trabalho e me agradeceu muito. Nunca havia passado por nada parecido e jamais pensei em ficar com o cheque. Só pensava em devolvê-lo, pois minha mãe sempre me ensinou a ser honesto, acima de tudo”, disse Souza. Movido por um sentimento de empatia, ele completou: “Gostaria de ser tratado da mesma forma. Minha mãe é faxineira e sempre me ensinou a não mexer no que não é meu. Ela e meu avô, que já faleceu, são meus alicerces. E quero passar isso para meus irmãos mais novos e para os filhos que eu terei um dia”.

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