Os 10 maiores terremotos já registrados

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Após um dos terremotos mais intensos na história recente da Itália, relembramos os 10 maiores terremotos mundiais. Eles provocaram rastro de destruição, matando milhares de pessoas e destruindo cidades inteiras

 

A região central da Itália foi atingida por um forte terremoto na madrugada da quarta-feira, 24 de agosto de 2016. Em menos de 24 horas, sinais da devastação eram perceptíveis: o governo italiano contabilizava pelo menos 159 mortos e 368 feridos. Cidades situadas perto do epicentro ficaram em ruínas – a exemplo de Amatrice. A notícia teve ampla repercussão no mundo e diversos veículos de comunicação relataram que os tremores foram de magnitude 6,2 na escala Richter. O jornal norte-americano USA Today produziu um vídeo mostrando o antes e o depois da região:

Os dez maiores terremotos

O Instituto de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS) é um dos órgãos que monitora a atividade de sismos. Apesar do nome, ele conta com um vasto acervo histórico de ocorrências e estatísticas no mundo inteiro. Listamos, com base nos dados do USGS, os dez maiores terremotos já registrados de acordo com o grau de magnitude na escala Richter:

1º) Chile, 1960, 9.5 escala Richter

Com epicentro na região de Valdívia, no Chile, este poderoso terremoto foi sentido até no Havaí. Cerca de 1.600 pessoas morreram e outras 3 mil ficaram feridas.

2º) Alaska, 1964, 9.2 escala Richter

Um grande terremoto atingiu o Alaska e deixou nove mortos. O problema maior foi o tsunami que ele provocou, com ondas que mataram outras 122 pessoas.

3º) Sumatra, 2004, 9.1 escala Richter

Este terremoto gerou um tsunami que provocou muita destruição na ilha de Sumatra, na Indonésia. Foram 227 mil vítimas fatais e pessoas dadas como desaparecidas.

4º) Japão, 2011, 9.0 escala Richter

Um terremoto de 9.0 graus na escala Richter ocorreu perto da costa de Honshu, no Japão. Além de causar um tsunami, mais de 15 mil pessoas morreram e aproximadamente 330 mil casas e prédios foram danificados.

5º) Kamchatka, 1952, 9.0 escala Richter

A península de Kamchatka, na região que hoje pertence à Rússia, produziu um tsunami que podia ser observado do Alaska. Embora registros falem em prejuízos materiais da ordem de R$ 3,5 milhões, as informações sobre mortos são conflitantes.

6º) Chile, 2010, 8.8 escala Richter

Novamente a região do Chile é sacudida por um forte terremoto. Desta vez, os prejuízos chegaram a bilhões de dólares e pelo menos 523 pessoas perderam suas vidas no desastre.

7º) Equador, 1906, 8.8 escala Richter

Entre 500 e 1.500 pessoas morreram em um terremoto ocorrido na costa do Equador. O tsunami gerado produziu uma onda que, em 12 horas, chegou à Baía de Hilo, no Havaí.

8º) Alaska, 1965, 8.7 escala Richter

Ilhas perto do Alaska foram atingidas por um poderoso terremoto de magnitude 8.7 na escala Richter. Ele provocou ondas de até 10 metros de altura. Não há dados sobre mortes.

9º) Sumatra, 2005, 8.6 escala Richter

A ilha de Sumatra, na Indonésia, voltou a sofrer com um terrível terremoto. Os registros dão conta de 1.300 mortes. Ondas gigantes danificaram um porto e um aeroporto da região.

10º) Tibete, 1950, escala Richter 8.6

As regiões do Tibete e Assam foram abaladas com um terremoto de 8.6 de magnitude na escala Richter. Dados históricos falam entre 1.500 e 3 mil vítimas fatais. Pelo menos 70 vilarejos ficaram completamente destruídos.

Mas, afinal, o que é a Escala Richter?

Da mesma forma que sismógrafos são equipamentos que servem para medir a oscilação das ondas de choque provocadas por um terremoto, a escala Richter é outro instrumento frequentemente usado por geólogos e sismólogos para avaliar a magnitude de um tremor. Ela foi proposta em 1935 por Charles Francis Richter, um sismólogo norte-americano que estava interessado na atividade sísmica no sul da Califórnia.

A escala Richter tem início na magnitude 1 e não possui um limite, embora o maior terremoto já registrado tenha chegado a “apenas” 9,5 graus. Quanto maior, mais forte. Também é importante saber que a cada grau, a coisa fica 10 vezes pior. Ou seja, um terremoto 6,0 na escala Richter é 10 vezes mais forte – em relação à amplitude das ondas – que um sismo que registrou 5,0 graus na escala Richter.

Criação da escala Richter

Magnitude na escala Richter do maior terremoto registrado

Ano em que o maior terremoto ocorreu no Chile

Para efeito de comparação, a bomba atômica que arrasou a cidade de Hiroshima, no Japão, em 1945, liberou a energia equivalente a um terremoto de magnitude 6,0 escala Richter. A medida, apesar de sempre aparecer no noticiário, tem entrado em desuso por limitações técnicas e vem sendo substituída pela escala de magnitude de momento (MMS).