Cérebros de pessoas bilíngues envelhecem mais devagar

WikimediaCommons/Reprodução

Uma pesquisa da Université de Montréal comprovou que as pessoas bilíngues têm a capacidade de tornar o cérebro mais eficiente e econômico em suas atividades e retardar os efeitos do envelhecimento cognitivo. Além disso, têm maior facilidade de concentração – não sendo atrapalhados por qualquer coisa que venha a distraí-los – e, também, de memorização, uma vez que possuem um vocabulário maior do que aqueles que só falam o seu próprio idioma.

A Dra. Ana Inés Asnaldo, do centro de pequisa geriátrica da universidade, é a líder do estudo. Segundo a publicação do Journal of Neurolinguístic, testes foram realizados com grupos de idosos monolíngues e bilíngues para analisar a forma com que realizavam as atividades que demandavam foco às informações visuais, como cor e formas, ignorando sua posição. Ambos foram bem, mas os cérebros dos bilíngues alcançaram melhores resultados quanto à economia e eficiência. A doutora explicou que esses resultados se dão devido à maior conectividade entre as áreas de processamento visual localizadas na parte posterior do cérebro, recrutando menos regiões – e especializadas – para completar a tarefa.

Asnaldo, que fala cinco línguas, também participou do estudo e frisou o retardamento do envelhecimento cognitivo, que só é possível pela ausência do uso da parte frontal do cérebro, vulnerável ao envelhecimento. Por outro lado, conta para o jornal Montreal Gazatte sua grande expectativa quanto à continuidade do estudo: “Ainda temos que descobrir todos os benefícios do bilinguismo”.

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