Nova técnica pode apagar fobias do cérebro, diz pesquisa

Moviefone.com/Reprodução

Pesquisadores alegam ter criado um mecanismo para pôr fim às fobias sem que as pessoas precisem encará-las. Através da manipulação da atividade cerebral de um grupo de pessoas, os cientistas do Centro de Informação e Redes Neurais, localizado no Japão, conseguiram “apagar” a resposta automática do cérebro ao medo, sem que ninguém do grupo de observação soubesse o que estava acontecendo. As informações são do site de curiosidades científicas IFLS.

Atualmente, uma das formas mais difundidas para lidar com fobias e ansiedades é por meio do enfrentamento direto das suas causas. A abordagem, porém, pode gerar bastante angústia durante o tratamento. Por meio da técnica de neurofeedback decodificado (resposta cerebral decodificada, em tradução literal) os pesquisadores conseguiram eliminar medos específicos por meio da neurociência.

O teste foi realizado da seguinte forma: 17 voluntários com respostas de medo condicionada eram submetidos a choques elétricos “desconfortáveis, mas toleráveis” sempre que viam uma imagem específica na tela. Eles então associaram o que aparecia na tela ao medo de levarem um choque. Os cientistas então identificaram a região cerebral onde os estímulos desses episódios se concentraram (amígdala cerebral e córtex pré-frontal, ambas áreas associadas à codificação de memórias de medo).

Após identificar os padrões da atividade cerebral gerados pelo medo criado nos voluntários, os cientistas passaram a tentar apagá-los. Começaram a associar o medo à recompensa, dando pequenas quantias de dinheiro toda vez que os participantes tinham reação de medo.”Na verdade, as características da memória que foram previamente ajustadas para prever o choque doloroso, agora estavam sendo reprogramadas para prever algo positivo em vez disso”, disse um dos pesquisadores Ai Koizumi.

Ao fim do experimento, a imagem que antecedia os choques foi novamente mostrada aos participantes sem que os seus cérebros registrassem atividade nas regiões associadas ao medo. “Isso significa que fomos capazes de reduzir a memória do medo sem que os voluntários conscientemente experimentassem o próprio medo no processo”, acrescentou Koizumi. A partir daquele momento, o que causava medo passou a gerar a expectativa de recompensa.

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